uno, dos, tres...
André
Bruno
Kleiton
Laura
Leandro
Rafael
Thiago
14

hello, hello!
Cão Uivador
Dilbert blog
Forasteiro RS
GPF
Improfícuo
La'Máfia Trumpi
Limão com sal
Malvados
Moldura Digital
Notórios Infames
PBF archive
Wonderpree

hola!
O que você vê?
Falar o que??
Eu cá com meus botões...
All the statistics have blown my mind
Serenity now!
Dracula would go
O que você vê?
Ai se a moda pega..
Genial
Times are a-changin'

Swinging to the music
A 14 Km/seg
Expressão Digital
Peliculosidade
Suando a 14
Tá tudo interligado
Cataclisma14 no Pan
Libertadores 2007

dónde estás?


all this can be yours...





RSS
Dracula woud like
André - 09 novembro 2008 - 21:42
Deixa Ela Entrar (Låt den rätte komma in)
5/5

Direção: Tomas Alfredson
Roteiro: John Ajvide Lindqvist, baseado no seu próprio livro

Elenco:
Kåre Hedebrant (Oskar)
Lina Leandersson (Eli)

Duas crianças à margem da sociedade, Oskar e Eli acabam se encontrando um no outro. A única questão é que a guria precisa, hm, beber sangue pra sobreviver e tal.

O exato oposto daquela frescurada feita por Coppolla em Dracula de Bram Stoker, este filme sueco investe em uma atmosfera realista e sóbria, ainda que conte com uma personagem de lendas e histórias de terror - só que o vampiro (ou a vampira, no caso) aqui troca os ternos por roupas sujas, a arrogância pelo medo de ser descoberta e o caixão por uma banheira.

Pautando seu filme na relação entre os dois "estranhos", o diretor realmente consegue fazer a gente gostar deles. A inocência de ambos, aliás, serve não apenas para construir um clima intimista como contrasta com algumas cenas assaz violentas (o ataque debaixo da ponte, por exemplo). Isso faz com que a presença de Eli seja sempre incômoda, pois quando a guria precisa lutar para sobreviver, toda a pureza vai embora e ela vira quase um animal. Mas quando ela e o Oskar ficam sozinhos, dá pra ter um vislumbre de como essa cumplicidade e carinho são incomuns pra vampirinha, e como ela sente falta disso.

Ao longo da película, então, fica claro o quanto eles se gostam e precisam um do outro. Chega a dar quase pena da condição dela. Sempre fugindo, sempre escapando, nunca podendo permanecer em algum lugar ou com alguém. O engraçado é que a história é tão bem construída que essa distância entre os dois piás faz-se necessária, mas na nossa cabeça ficamos torcendo para que alguma solução seja encontrada - e mesmo matando algumas pessoas, Eli torna-se muito mais humana e querida do que alguns colegas de Oskar que, por pura vingança e prazer, buscam a violência como solução. Eles não se importam com o mal que fazem ao gurizinho protagonista. E o resultado disso é uma sequência COLOSSAL (principalmente o plano debaixo da água), misturando tanta brutalidade e doçura que eu cheguei a ficar tonto.

Deixa Ela Entrar provavelmente não vai estrear em circuito comercial por aqui - ou, se acontecer, talvez seja apenas em uma sala. Mas vale a pena assistir pela competência e originalidade que o filme usa para contar uma história de vampiros. E de humanos.

Marcadores:

Comentários: 1