- Boa tarde, senhor. - Hm... boa tarde. - Em que posso ajudá-lo? - Ahn.. aqui é a tal loja de... trocadilhos... certo? - Correto, senhor. Aqui mesmo. - Pois é. Eu... bem, eu precisava de um trocadilho... - Pois não. O que o senhor deseja? - Como assim? - Em que tipo de situação ou evento o senhor gostaria de utilizar o trocadilho? - Ah. Bom, é o seguinte: eu sou um empresário bem sucedido no ramo musical. Mas estou mudando de área, porque trabalhar com arquitetura sempre foi o meu sonho, sabe? - Entendo, senhor. - Pois é. Eu sei que todo mundo vai me perguntar por que eu fiz isso, por que estou me arriscando, essas coisas. E eu queria ter uma resposta legal, uma sacada na ponta da língua. Por isso vim até a loja. - Compreendo perfeitamente, senhor. Um momento que eu vou pesquisar no catálogo para encontrar algo a seu gosto. - Tá. É esse computador que cria os trocadilhos? - Não, senhor, eu apenas utilizo ele para pesquisar no catálogo. Computadores estão aptos apenas a calcular, não pensar. - Ah... - Bem, o senhor quer algo que explique o motivo pelo qual abandonou a música e resolveu virar arquiteto, né? Eu tenho um "porque me deu na telha" em promoção, se lhe agradar. - Hm. É bacana, é bacana. Só que sei lá, eu queria algo mais... mais altivo, sabe? Mais elegante. Que eu pudesse falar em uma festa, pra impressionar as mulheres e coisas do gênero. - Entendo. Deixe-me olhar novamente o catálogo... Sim, tenho algo nesse modelo. O que o senhor acha de "porque estou construindo uma nova etapa da minha vida, com trabalho, projetando grandes conquistas e desenhando um futuro cada vez mais feliz"? - Perfeito! É exatamente o que eu queria! Criativo, inteligente e emocionante. Além de uma reposta de nível, vai atrair as mulheres. Vou levar. - Muito bem. Deixe-me imprimir uma cópia do texto e salvá-lo também em cd para o senhor. - Valeu mesmo. Vai me ajudar muito. Me diz uma coisa, vocês aceitam cheque? - Apenas se a peça estiver ameaçando o Rei, senhor.Marcadores: loja de trocadilhos |