Na semana passada as séries A e B do campeonato brasileiro (Brasileirão série A e Brasileirão série B, segundo as redes de televisão) estavam repletas de clássicos que agitaram torcidas nos estádios de todo o país. São Paulo X Palmeiras, Atlético X Cruzeiro, Flamengo X Vasco, Sport X Náutico, Fortaleza X Ceará, Avaí X Criciúma, Santo André X Corinthians...
Claro que o jogo mais comentado foi este último, que marcou o reencontro do Marcelinho Carioca, hoje astro da periferia do ABC paulista, com a Gaviões. Foi espetacular! Parecia até uma música dos Titãs dos anos 2000 (tipo "Isso" ou "Epitáfio") ou seja, tudo repleto de saudosismo. Uma espécie de reencontro de um casal decadente que se separou há algum tempo e que, agora, qualquer um pode falar para o outro: "Eu to mal, mas tu tá bem pior!".
Nem o Pé-de-anjo brilhou tanto quanto os ilustres narradores que nos presentearam com grandes pérolas ao longo das transmissões dessa semana. Fora as que me escaparam, separei algumas:
"O Paraná tenta sair do sufoco, mas o retrospecto não ajuda..." Sim! Se o retrospecto ajudasse, o Paraná não estaria no sufoco!
"O Denílson não é titular, mas ele jogou em todas as vezes que ele entrou em campo." Tá, tudo bem, eu vou perdoar essa porque a seleção de 2006 provou que dá pra entrar em campo e não jogar...
A melhor de todas foi esse diálogo: "- É, o jogador foi tocado... - Então você daria pênalti, Júnior? - é... bem... quem tem que dar pênalti é o juiz... - Porra, Júnior! (momentos de silêncio)" Não foi nada ofensivo, foi natural e espontâneo como chamar um grande amigo de filho da puta entre uma cerveja e outra.