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Cerveja pra boi-dormir
Kleiton - 15 julho 2008 - 14:23
O assunto já foi tratado aqui, mas a declaração do presidente da Abril no 4º Congresso Brasileiro de Propaganda me deu vontade de escrever de novo sobre isso. Agora, contudo, de forma menos genérica: volto minha atenção para a propaganda de bebidas alcoólicas, citada pelo indivíduo.

Há cerca de oito anos, o Brasil fechou o cerco contra a propaganda de cigarro, proibindo sua veiculação de praticamente todas as formas. Como todos devemos lembrar, o cigarro sumiu dos meios de comunicação e dos eventos esportivos e culturais, além de ficar apagado nos pontos-de-venda. Pois em 2005 uma pesquisa apontou que o número de jovens que experimentou o cigarro caiu vertiginosamente. Coincidência? Talvez, mas conforme a cardiologista Jaqueline Scholz Issa, são os jovens que mantêm a indústria do cigarro. Um jovem cliente fisgado aos 14 anos dará dinheiro à Philip MORTIS por pelo menos uns 20 anos, até se dar conta que deve parar, ou por mais 40 anos, até morrer de parada cardíaca. Mas até lá muitos outros jovens já terão entrado nessa cadeia.

Pois as fabricantes de bebidas alcoólicas aprenderam direitinho essa lição. Em suas peças publicitárias, transformam o álcool em elixir da juventude eterna e da sensualidade adquirida. Cada vez mais cedo, os jovens experimentam o álcool (inspirados por pais, amigos e gostosas rebolando na televisão). E o pior: fazem disso um hábito. Não bastasse toda a pressão social, os meios de comunicação bombardeiam o jovem com suas propostas sedutoras. E a auto regulamentação - tão eficiente (SIC) - vai pro brejo quando, por exemplo, a Nova Schin patrocina o Planeta Atlântida - evento reconhecidamente voltado para jovens entre 13 e 18 anos.

Agora, não é de se estranhar que jovens recém-habilitados para dirigir saiam pisando fundo em seus carros novos de cara cheia. Todos sabem que jovens se acreditam imortais e intocáveis, e esse pensamento é reforçado pelos anunciantes ávidos por mais lucratividade. Por isso, quando o seu Civita diz que não precisamos de mais leis, mas sim de mais fiscalização, ele não está pensando no bem dos seus leitores jovens, mas nos milhões de reais embolsados pelos seus veículos com os anunciantes de bebidas.

E é por esse tipo de mentalidade que o governo tem mesmo é que tomar o exemplo das propagandas de cigarro e banir de vez a publicidade de bebidas alcoólicas. Daqui a 5 anos conversamos.
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