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Pesos e medidas
Kleiton - 08 julho 2008 - 13:50
Eu comecei um texto sobre a tal lei seca (tão bem comentada aqui pelo Thiago) sem uma posição muito definida. Sou a favor, principalmente pelos dados sobre a redução dos acidentes e das vítimas fatais, mas alguma coisa me incomodava. Pois ontem eu me dei conta do que era. Essa foi a notícia que me ajudou a entender qual a minha pulga atrás da orelha com essa lei. O problema é a falta de critério.

O sujeito da referida notícia foi pego dirigindo a 191 km/h numa estrada onde o limite era 80 km/h. Pensemos: um pacato cidadão que bebe um cálice de vinho e volta pra casa a 40 km/h, se for pego, vai preso, perde o direito de dirigir por um ano e paga multa de quase mil reais, sem choro nem esperneio. Pois esse cidadão que foi pego na Tabaí-Canoas saiu dirigindo normalmente do posto da PRF depois de ser autuado, porque só perde a carteira após um processo transitado em julgado.

Agora, quem representa mais risco? O pacato cidadão ou esse fulano? Por óbvio, o segundo, que acredita que possuir um potente e robusto Audi A4 lhe dá o direito de utilizar integralmente a potência do motor. A considerar a velocidade que ele usava numa segunda-feira à tarde, tenho medo de pensar o que não faz o sujeito numa madrugada de fim-de-semana, após tomar umas e outras.

Mas mesmo assim continuo a favor da polêmica lei. Em primeiro lugar, porque concordo com o Thiago quando ele diz "(..)ser humano é bicho triste, não sabe reconhecer seus próprios limites: se ganha a mão já quer logo o braço. E se a exceção sempre vira regra, então é melhor mesmo que não se abram exceções" (Silverolli, 2008). Em segundo lugar, porque beber e dirigir é um hábito no Brasil: infelimente, aqueles poucos que faziam isso com prudência estão pagando pelos muitos que não souberam fazê-lo.

O negócio não é amenizar a situação para quem bebe, mas sim fechar o cerco também contra inconseqüentes, imprudentes, imaturos, estejam eles bêbados ou não. A atual fiscalização rígida, se mantida (coisa difícil depois que a lei sair da mídia), pode ajudar na manutenção dos índices de acidentes lá embaixo.
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