1. Sempre considerei elevadores mecanismos sórdidos da civilização moderna que tentam nos convencer que somos mais próximos de nossos semelhantes do que pensávamos (ou gostaríamos). Jamais me convencerão que compartilhar 1m quadrado com outras sete pessoas que tu nunca viu na vida - e que, na maioria das vezes, possuem gostos para desodorantes, músicas no mp3player e toques de celular extremamente questionáveis - é uma coisa a ser encarada de forma natural.
2. Trabalho no décimo andar, o mais alto dos andares do Lindóia Center. Esses tempos mais o elevador chegou, a porta abriu e dentro havia um senhor distinto. Ele disse, educadamente, "Desce". Pensei em responder, de forma sarcástica, "Ah, então não vou, eu queria mesmo era subir até o vigésimo segundo", mas resolvi ficar quieto, adotando uma política de boa vizinhança. (Obs: esse senhor distinto também se enquadra na categoria de pessoas do item abaixo)
3. Outro dia desses, eramos um grupo de três ou quatro pessoas aguardando o elevador no mesmo décimo andar. A porta abriu, e o elevador estava lotado - tivemos que esperar pelo próximo. Culpa dessa gentinha que, ao invés de apertar apenas o botão correspondente ao caminho que pretendem realizar (SUBIR ou DESCER), apertam AMBOS, atrasando não só a sua ida, como a de todos os outros usuários. Da próxima vez me faço de louco, digo "É o andar de vocês, podem ir descendo" e tiro todo mundo à força. Vai bancar o esperto pra cima de outro. |