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Cataclisma em Nova Iorque
André - 26 janeiro 2008 - 21:07
Em tempos de verão, onde a única coisa mais constante do que axé nas rádios é a preguiça no corpo, pedir para outras pessoas realizarem o teu trabalho não é exatamente algo condenável. Por isso, após um sofisticado diálogo no MSN, descobri que o Guto não apenas havia assistido ao filme sobre o qual eu ia escrever como tinha idéias muito mais interessantes do que as minhas para o texto. Assim, surgiu a idéia de publicar a visão dele aqui no Cataclisma pois, além de enriquecer a coluna e fazer parceria com um excelente blogueiro, isso me deu mais uns minutos de Winning Eleven no dia de hoje (ei, são as pequenas coisas da vida que valem a pena). Meus sinceros agradecimentos ao cara por permitir que eu vá chutar a bunda da Inter de Milão nesta sexta-feira .

Interino

16:20:09 Guto: tchê, já viste Eu Sou A Lenda?
16:20:45 André: sim.. vi faz... uns 40 minutos, aproximadamente
16:21:03 Guto: Náufrago + Resident Evil, vai dizer
16:21:20 André: haahahahah
16:21:22 André: por aí

Me amarro nesses filmes de hecatombes colossais. Meteoros, vulcões, ataque alienígena, cataclismas de qualquer espécie. Se for daqueles que o cara acorda um belo dia e toda a civilização desapareceu (cof cof Extermínio), melhor ainda.

É o caso de Eu Sou A Lenda. No trailer já dá pra sacar qual é o pastel: depois que Nova Iorque é totalmente devastada por um vírus (cof cof Extermínio de novo), sobrou apenas Will Smith para viver grandes aventuras com um cãozinho da pesada em uma metrópole abandonada. /o/

No filme, Will Smith interpreta um militar/cientista auto-exilado que se dedica a encontrar uma cura para a referida moléstia. Gosto disso. Nos filmes-catástrofe o herói é sempre um (ex-)militar, cientista ou presidente dos Estados Unidos; condensar funções poupa a utilização de personagens secundárias cuja função é ser o primeiro a morrer.

Para não estragar a história, digamos apenas que o filme divide-se em duas seções distintas. A primeira meia-hora apresenta essencialmente a rotina do sujeito e suas estratégias de sobrevivência: buscas por mantimentos, tentativas de comunicação, experiências de laboratório –essa é a parte que vale a pena na película. A relação de Robert Neville com a cadela Sam é algo profundamente tocante. Um lance como a amizade entre o cara do Náufrago e a bola de voley, se bem que achei a interpretação da cadela um pouco mais convincente. Mais convincente que a atuação do Will Smith, inclusive. Saudade do Benji.

Os planos abertos mostrando a cidade desolada são outro trunfo – mas elogiar a fotografia de um filme é mais ou menos como comentar sobre ginástica olímpica masculina, então deixa para lá.

Mas aí vem a segunda metade do filme, quando Will descobre que não está sozinho no mundo e junta-se a uma galera do barulho que apronta as maiores confusões. E nessa hora, falando sério, dá vontade de rasgar o ingresso e sair do cinema. Monte de pontas soltas e peças desencaixadas. É tenebroso deduzir, durante a projeção, que o filme baseara-se numa obra literária ao perceber que um elemento lateral mal-explicado deve ter sido incluído porque era importante no livro.

+1 ponto pela cadelinha Sam, que me lembrou dos bons tempos de Secret of Evermore;

-1 por caracterizarem São Paulo quase como uma província indígena boliviana alheia à civilização. Contudo, serei complacente: do jeito que a gurizada anda escutando NX-Zero e TCHALIBRÁU, a possibilidade de que em 2012 ninguém saiba quem foi Bob Marley é considerável.

-1 pelo atrofiação social que vitima Robert Neville no exato instante que ele encontra outro humano. Forçado pacas.

+1 por mostrar aquilo que todo mundo sempre teve vontade de fazer em um filme de zumbis e passeatas pela paz: chamar no CARMAGEDDON e tocar a caranga pra cima da galera. Depois dar ré. Duas vezes.

+1 por provar que os efeitos especiais de Resident Evil nem eram assim tão ruins.

Avaliação final: três cenas de susto encagaçantes, de cinco possíveis.

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