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Casualidades - Parte 3
André - 06 janeiro 2008 - 04:21
Seriam as chaves? Não, elas estão aqui. O celular? Não, ele também está aqui. Tenho certeza que esqueci algo em casa, mas o quê? O batom eu trouxe também. Bem, azar, agora não dá mais tempo de voltar em casa.

Não sei por que fico sempre tão nervosa antes de uma entrevista de emprego. Entrevista de estágio, na verdade. Preciso só me lembrar de não ficar divagando enquanto o entrevistador faz as perguntas. Pés no chão mulher, você precisa dessa vaga.

Rua das Margaridas, rua das Margaridas... sei que é por aqui. Droga, eu devia ter trazido o guia junto. Pergunto pra alguém? Aquele senhor ali deve saber... não, deixa. Melhor procurar sozinha. Acho que é essa aqui.

“Avenida do Concreto”? Puxa, não é à toa que falam mal do senso de direção das mulheres. Se bem que pra uma multinacional seria uma localização bem melhor do que a das “margaridas”... enfim, é só voltar e tentar de nov.. ei, aquele cara vai bater no café daquele garoto!

Tarde demais. Tadinho, a bebida caiu em cima do computador, espero que ele não tenha perdido nada muito importante. Hoje em dia as pessoas estão cada vez com mais pressa, nem param pra prestar atenção no que acontece à sua volta - parece que a cada minuto o mundo vai acabar ou que elas precisam salvar alguém que está morrendo. Credo, um pouco de paciência não faria mal nenhum.

Até que o garoto é bem bonitinho. E é legal essa iniciativa dele de sair pra escrever ao ar livre, onde tem ambiente, sol, deve dar uma arejada nas idéias. Aposto como ele é um escritor, e está se aproximando o prazo final pra entregar o livro pronto. Talvez uma história policial, com bastante suspense, ou quem sabe um romance? Daqueles onde o mocinho corre o tempo todo atrás da mocinha, ela primeiro tenta fugir dele depois se apaixona, aparecem os obstáculos, mas no final eles ficam juntos e felizes. Há quanto tempo não vejo uma história com final feliz? Na verdade esse garoto daria um bom mocinho. Um escritor cínico que não acredita mais no amor, até conhecer uma incrível mulher que muda a sua vida. Puxa, seria um romance e tanto. E ele é tão bonitinho... será que devo ir lá puxar conversa? Até parece. Como se eu fosse começar um papo com alguém que não conheço.

Ai, esse cara não olha por anda? Que grosso, e nem pediu desculpas. Por isso que o mundo tá assim, cada vez as pessoas se preocupam menos com as outras. Se bem que por um lado foi bom, assim eu paro de divagar e me concentro na entrevista. Quem quer trabalhar não pode se dar ao direito de ficar sonhando por aí.

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