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Ocean's 14
André - 09 agosto 2007 - 13:18
Quando ainda estamos crescendo, qualquer característica que se destaque acaba sendo o horizonte do nosso futuro profissional. Tipo, se a pessoa tem "gênio forte" e gosta de discutir, então vai pro Direito; se gosta de cálculos, Enegenharia; se gosta de escrever, Jornalismo; se gosta de desenhar, Publicidade; se tem um pai médico, Medicina, e por aí vai. Eu mesmo já passei por alguns desses, como jogador de futebol (quando era piá eu realmente achava que levava jeito pra coisa), testador de jogos de videogame (sei dizer exatamente os prós e contras de jogos), astronauta (vivia no mundo da lua) e roteirista oscarizado (chance de encontrar a Scarlett Johansson em alguma festa).

Pois bem. Todas as vezes que eu pego um ônibus e preciso caminhar até algum lugar, acabo passando na frente de um carro forte, com os seguranças em Defcon 1 (mãos nas armas, caras de buldogue e uma inevitável sensação de que eles estão loucos pra dizer "Go on punk, make my day", ou algo do gênero). Apesar disso, a primeira coisa que vem na minha cabeça é que um assalto cinematográfico está para acontecer. Aquela mulher passeando com seu bebê? É um ladrão disfarçado, escondendo as armas dentro do carrinho. Aquele senhor simpático e aparentemente inofensivo? É o chefe de toda a operação, revelando suas cruéis intenções apenas quando mata a sangue frio o último guarda (que não vai ter tempo de reagir, pois todos os seguranças irão se movimentar em câmera lenta - fica mais dramático assim). Volta e meia até passa um guri com cara de "jovem indeciso que faz parte do bando mas no final vai acabar cedendo ao seu lado ético e ajudando o mocinho". É sério.

Fico pensando, então, se a minha verdadeira vocação não é ser bandido. Sabe, liderar um grupo de ladrões pela Europa e América, saqueando milhões sem machucar ninguém e arrancando suspiros das mulheres. Claro, eu começaria de baixo, sendo apenas o alívio cômico do bando, mas com o tempo ganharia respeito e prestígio para citar frases de O Poderoso Chefão.

Ou, pra ninguém dizer que eu não olho pros dois lados da moeda, pode ser que eu esteja errado: talvez o fato de sempre passar na frente de um carro forte, que obviamente está cheio de dinheiro, signifique que a minha vocação é ser rico.
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