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Propaganda Enganosa
André - 29 junho 2007 - 20:25
Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (Fantastic Four: The Rise of the Silver Surfer)
1/5

Direção: Tim Story
Roteiro: Mark Frost, baseado nos personagens criados por Jack Kirby, Stan Lee e Don Payne

Elenco:
Iaon Gruffudd (Reed Richards / Sr. Fantástico)
Jessica Alba (Susan Storm / Mulher-Invisível)
Chris Evans (Johnny Storm / Tocha Humana)
Michael Chiklis (Ben Grimm / Coisa)

Com sorte, o 4 vai ficar no número de personagens, e não no número de filmes.

Quando estranhos acontecimentos começam a acontecer na Terra, o Quarteto nada Fantástico corre contra o tempo para impedir a destruição do planeta.

Não há nada de errado com um filme que tenha como proposta ser "apenas" divertido: as séries Piratas do Caribe, Hora do Rush e 11/12/13 Homens são exemplos de filmes-pipoca inteligentes. No entanto, "divertido" não quer dizer "idiota".

E no início Quarteto Fantástico 2 até ensaia uma divertida brincadeira com a obsessão da mídia por celebridades. Mas depois a coisa desanda. A única cena de ação legal, por exemplo, acontece só no final, e está longe de ser fantástica (desculpem, não resisti). Enquanto isso o Coisa e o Tocha Humana - esse último provavelmente a personagem mais irritante da história do cinema - soltam uma piadinha atrás da outra, tentando desesperadamente fazer o público rir. Mas o que incomoda mesmo são as cenas "dramáticas", tão profundas quanto um disco do Legião e tão chatas quanto.

Aliás, o amontoado de clichês é tanto que em certa altura o filme parece uma sátira (vejamos: o garoto irresponsável que aprende uma lição? Confere. O garanhão que acaba descobrindo a beleza do comprometimento? Confere. O noivo que promete pensar apenas nos preparativos do casamento, mas acaba trabalhando sem a noiva saber? Confere. A noiva que descobre e fica braba? Confere. O militar burro e que toma todas as decisões erradas? Confere. Faltou só a cena onde o noivo, um nerd assumido, resolve dançar UMA música junto a duas mulheres gostosas e coincidentemente a noiva acaba entrando nesse exato momento... não, espere, essa cena está lá também).

Aqui também não faz sentido questionarmos certas coisas porque elas estão ali só para dar andamento à história - como o pulso "qualquer coisa" que o Sr. Fantástico inventa para separar o Surfista Prateado da prancha e, assim, cortar sua fonte de poder -, e outras não ousamos questionar - acho que nem Deus sabe porque a prancha é a fonte de poder do cara.

Abre parênteses. Putaquepariu, que saída fácil que os roteiristas inventaram. Tipo, "ok, o Surfista é virtualmente indestrutível, como o Quarteto vai vencer?". "Já sei, vamos colocar a prancha como fonte de poder, assim tudo que os 'heróis' precisam fazer é separar os dois". Faltou só jogarem uma tsunami ali pro cara tomar uma "vaca" gigantesca. Francamente. Fecha parênteses.

Ainda assim, não posso evitar de fazer algumas perguntas: como eles descobriram sobre a prancha? De quem foi a idéia genial de transformar o poderoso Galactus em uma CÚMULO-NIMBUS radioativa? E como o Surfista fez o pacto se o seu mestre é apenas uma NUVEM DE CHUVA, e obviamente não possui o dom da fala? E por que o general pediu ajuda do Dr.Destino, o vilão do confronto anterior? Ele não viu o primeiro filme? E por que, oh, por que ele deixou o mesmo Dr.Destino, um cara que todo mundo sabe que é do mal (até porque ele sempre aparece em sombras e no escuro) fazer testes com a prancha mágica? E que diferença faz dizer "você fará testes apenas sob a supervisão de militares armados", se o Exército havia acabado de lançar oitocentos MÍSSEIS contra o Surfista e nada havia acontecido? E por falar em exército, o que diabos os militares americanos estavam fazendo no meio de Londres e de uma floresta na Alemanha? E por que tanto mistério para revelar o Fantásticomóvel se ele já havia sido exibido à exaustão nas campanhas de marketing?

Sem contar o discurso "durão" do Sr.Fantástico, onde ele fala pro general algo tipo "eu era um CDF sim, mas agora pego uma mina gata e tu tá pedindo ajuda pra mim". Que baita herói. Mas o pior de tudo, o pior mesmo, é que esse filme não precisa ser bom: os milhões investidos em publicidade já convenceram o público-alvo de que é uma ótima película, mesmo antes de assistirem, e nada pode mudar isso.

Mas se houver um Quarteto Fantástico 3, que Galactus - o de verdade - apareça e faça um lanchinho com o set de filmagens.

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