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Os argentinos
André - 29 outubro 2011 - 13:49
Li A Invenção de Morel em uma sentada. Debrucei-me sobre o livro como um gordo em um buffet livre, devorando o mais rápido possível a trama, os acontecimentos, os mistérios, as respostas e a bela narrativa de Adolfo Bioy Casares. Assim, entendi perfeitamente a admiração de Borges pela obra, exposta na contracapa com elogios significativos que talvez só encontrem paralelos na improvável hipótese da Scarlett Johansson vir a público e declarar que alguém é o melhor amante do universo: é o equivalete a uma bomba nuclear de ego.

Entretanto, é inevitável que uma obra classificada por Borges como "perfeita" fique um pouco abaixo da expectativa gerada, ainda que seja espetacular. Afinal, se o sujeito que provaelmente fez até Deus chorar com um texto sobre um BRIOCHE garante a perfeição da trama, o leitor imagina nada menos que um pequeno Big Bang surgindo do livro. A Invenção de Morel com frequência é arrebatadora e proporciona reflexões interessantes, mas está a poucos centímetros desse nível de causar curtos-circuitos na cabeça dos leitores.

Só que isso implica em um porém devastador: dizer que os elogios da contracapa são hiperbólicos. Que são exagerados. E, partindo do princípio de que Borges está totalmente certo em tudo pra sempre, tal atitude nos atira em um paradoxo dos mais complexos e poderosos já vistos. E, levando em conta a verdadeira paixão de torcedor que eu tenho por paradoxos, muitas vezes já exposta de forma empolgada aqui neste blog, acredito que isso seja mais do que o suficiente para que todos vocês tomem a leitura de A Invenção de Morel como uma prioridade imediata em suas vidas.
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