uno, dos, tres...
André
Bruno
Kleiton
Laura
Leandro
Rafael
Thiago
14

hello, hello!
Cão Uivador
Dilbert blog
Forasteiro RS
GPF
Improfícuo
La'Máfia Trumpi
Limão com sal
Malvados
Moldura Digital
Notórios Infames
PBF archive
Wonderpree

hola!
Status
Feliz Segunda-Feira
Socialites também amam
Das ideias que jamais serão colocadas em prática
Come full circle
Jornalismo ambiental
Feliz Segunda-Feira
Adrenalina nas alturas
Who feels love?
Feliz Segunda-Feira

Swinging to the music
A 14 Km/seg
Expressão Digital
Peliculosidade
Suando a 14
Tá tudo interligado
Cataclisma14 no Pan
Libertadores 2007

dónde estás?


all this can be yours...





RSS
Das comédias que ainda são engraçadas
André - 18 julho 2010 - 21:18
Tá Rindo do Quê? (Funny People)
4/5

Direção: Judd Apatow
Roteiro: Judd Apatow

Elenco
Adam Sandler (George Simmons)
Seth Rogen (Ira Wright)
Leslie Mann (Laura)
Jason Scwhartzman (Mark Taylor Jackson)

George Simmons é um comediante famoso e solitário que é diagnosticado com uma doença rara e possivelmente terminal. Daí ele contrata um sujeito gordinho e simpático pra ser seu assistente, e os dois começam a se tornar bróders e enfrentar todas as BALBÚRDIAS que aparecem pela frente.

Judd Apatow é o diretor por trás de O Virgem de 40 Anos e Ligeiramente Grávidos, duas comédias que viraram FRISSON quando foram lançadas e que trouxeram frescor e qualidade ao gênero. E nesses trabalhos o cineasta já mostrava uma preocupação com as personagens dos filmes, que fugiam dos estereótipos, que tinham atitudes simples como todos nós. E este Tá Rindo do Quê?, além de uma das piores traduções de títulos de todos os tempos, mostra essa característica de Apatow no nível 99.

Equipe responsável pela tradução do título do filme.

A trama segue aquela premissa básica de POWERPOINT INSPIRADOR, tipo "sujeito milionário e egoísta repensa seus valores e descobre a beleza das pequenas coisas", mas é tão bem construída que convence. O arco dramático percorrido por George Simmons não é previsível, e a personagem não acaba o filme "completa" - pelo contrário, como mostra uma cena onde ele está dirigindo ao lado de Ira. Isso faz com que o espectador realmente seja cativado por aquele sujeito, e realmente queira pagar uma cerveja pra ele enquanto discutem a rodada de domingo do Brasileirão. Somam-se a isso diálogos críveis e sacadas inteligentes, fazendo de Tá Rindo do Quê?, além de uma tradução de título mais chula do que a Lindsay Lohan, uma comédia realmente engraçada.

Para ilustrar a solidão e tristeza de Simmons, Apatow utiliza bastante planos bem abertos, onde o protagonista é a única pessoa presente (e SAQUEM como a mansão do comediante fica mais clara e alegre quando Ira está por perto). Mantém o filme em um caminho seguro, sem arriscar muito - a não ser uma ou outra câmera tremida aqui e ali quando alguém está num momento de instabilidade -, e demonstra de diversas formas o crescimento gradual de Simmons (até o figurino dele fica mais colorido e menos desleixado com o tempo). Claro que ajuda muito contar com um Adam Sandler contido, econômico nos trejeitos, que, com seus ombros caídos e sua expressão de torcedor do Botafogo, transmite bem toda a DERROTA pela qual está passando. E também com Seth Rogen, cuja cara de VIRA-LATAS FAMINTO é o suficiente para que o público simpatize com ele, ainda mais que Ira é um sujeito boa-praça e busca sempre a atitude correta. Isso faz de Tá Rindo do Quê?, além de uma tradução de título provavelmente feita por HITLER, uma obra que se sustenta na relação entre duas personagens absolutamente SUPIMPAS.

Além de tudo isso, Apatow joga de maneira orgânica na história diversas críticas à atual indústria do entretenimento, à forma como se faz comédia atualmente, ao culto às celebridades, à superficialidade desse comportamento, e muito mais. Isso faz de Tá Rindo do Quê?, além de uma tradução de título que justificaria uma guerra mundial, prova de que há vida inteligente no reino das comédias hollywoodianas.

Marcadores:

Comentários: 1