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Propaganda é a arma dos robôs
André - 01 julho 2009 - 20:07
Transformers - A Vingança dos Derrotados (Transformers: Revenge of the Fallen)
2/5

Direção: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger, Roberto Orci e Alex Kurtzman

Elenco
Shia LaBeouf (Sam Witwicky)
Megan Fox (Mikaela Banes)
Hugo Weaveing (Megatron - voz)
Peter Cullen (Optimus Prime - voz)

É a história do primeiro filme recauchutada e com mais alguns milhões de dólares no bolso pra gastar.

Os blockbusters sobrevivem de campanhas publicitárias, tanto os bons quanto os ruins. A sua condição enquanto produto é que leva as pessoas à sala de cinema, e forma no público alvo uma imagem de qualidade antes mesmo que o filme entre em cartaz - prova disso é que Satã conseguiu infiltrar no nosso mundo não apenas uma, mas duas crias suas (Quarteto Fantástico e Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado, respectivamente).

Por isso, com exceção de franquias já mais ou menos planejadas (Piratas do Caribe, Homem-Aranha, X-men), uma continuação de um blockbuster geralmente não passa do primeiro filme vitaminado (mais orçamento, mais personagens, mais campanha publicitária). E Transformers 2 nada mais é do que isso: volta a mesma trama sobre o tal Cubo, a peleja entre os Autobots e os Decepticons, a Megan Fox fazendo pose sexy até em cenas tristes, e por aí vai. Só que pra valorizar o 2 ao lado do título, o diretor Michael Bay foi pra feira de robôs e atolou o filme com esses nossos amigos mecânicos. Então o negócio é mais ou menos o seguinte: a cada cinco minutos, um pedaço de metal irrompe na tela, ataca alguém/faz alguma gracinha, se transforma em outro objeto e é eliminado.

Mas o que a primeira cena de ação do filme maquia é que o resto da película não tem uma sequência empolgante. Nada. É como sentar e ver alguns liquidificadores se chocando por duas horas, com algumas explosões no meio - até porque o diretor não faz questão nenhuma que o espectador se interesse pela robozada. Os Decepticons, por exemplo, são pretos e do mau. E é isso. Encontrar um Decepticon específico em uma festa de Decepticons deve ser mais difícil do que encontrar um comentarista esportivo com diploma em jornalismo. Já os Autobots, embora visualmente diferentes, são simples caixas coloridas que lutam. Peguemos o Optimus Prime: por quê diabos as pessoas seguem ele? Por que ele é o líder? Ora, durante a projeção (e isso é algo que já acontecia no filme anterior) ele não faz nada que o Jackie Chan não faria. A conclusão lógica e nauseante é que as pessoas acreditam em Optimus Prime porque ele tem o visual mais afu e é mais alto que o resto da galera. E isso torna os Autobots uma grande turminha de terceira série.

Ainda assim, aqui e ali alguma coisa consegue se salvar, principalmente graças ao carisma de Shia LaBeouf. É quando Sam está em cena que Transformers 2 consegue ser pelo menos um pouco divertido, embora seu amigo Leo tente sabotar com todas as forças esse pequeno nuance de qualidade. Os roteiristas também entram na dança e deixam o pai e a mãe de Sam com muito mais minutos em cena do que o ideal, enquanto Megan Fox é colocada numa moldura e pendurada como enfeite em todas as cenas. Essa galera está ali simplesmente pra jogar a história adiante, enquanto Michael Bay se regozija com seus planos contraluz, câmera lenta, explosões, câmera girando e por aí vai, tudo num excesso digno de CARAS.

Entretanto, as melhores sequências aidna são aquelas onde Sam e Mikaela interagem com pessoas, e não com fusíveis - o que não deixa de ser um grande problema para um filme que gastou R$200 milhões em latas velhas que, de empolgante mesmo, só possuem os cartazes e trailers da campanha de marketing.

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