Antes da Copa do Mundo de 2006, uma série de questões pairavam sobre a equipe brasileira: Parreira não possuía um esquema definido, alguns jogadores eram titulares sem motivos futebolísticos, o grupo não estava unido, o técnico não sabia como escalar o "Quarteto Fantástico" mas mesmo assim o fazia...
Vários problemas que levaram à eliminação precoce da seleção canarinho. No entanto, nos dias que precederam o torneio só se falava sobre o peso do Ronaldo. A discussão ocorria em mesas de bar, programas esportivos, churrascos, rodas de amigos e, principalmente, na mídia. Uma novelona criada pelos meios de comunicação para ter algo "interessante" com o qual entreter os apaixonados torcedores.
Mais ou menos como o "caso Isabella", que hoje repercute em qualquer faixa social, em todos os públicos, bombardeando as pessoas com informações irrelevantes e sensacionalismo apenas para manter a questão na boca do povo. O Valter e o Rodrigo já se pronunciaram sobre o assunto de forma muito mais pertinente e desenvolvida, mas a cada dia que passa fico impressionado como a mídia fabricou uma novela, com heróis e vilões, dramas e conflitos, momentos polêmicos e tudo mais. Nas poucas vezes em que assisto às "reportagens", fico esperando um close de algum produto para fazer merchandising, uma subtrama politicamente correta ou a aparição do Tony Ramos.
Claro, posso estar enganado. Deve ter sido coincidência a primeira entrevista da mãe da guria ter sido transmitida em horário nobre, também. E duvido que o departamento de marketing da Globo tenha negociado com os anunciantes com frases como "hoje tem a primeira entrevista da mãe da Isabella, cobraremos R$ 200 mil a mais por inserção de 30 segundos". |