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Leviandade
Kleiton - 17 outubro 2007 - 21:13
Eu tinha pensado em trocar a coluna dessa semana com o André, pra poder escrever sobre Tropa de Elite, que não à toa foi um dos melhores filmes lançados esse ano, e provavelmente um dos melhores do cinema brasileiro até hoje. Desisti, porque ele foi mais rápido que eu, e também porque falou todas as coisas que eu tinha pensado em falar.

Mas enquanto nós, quase formandos de uma faculdade de comunicação, ficamos falando sobre como é bom ver um filme que "apresenta os integrantes do BOPE não como heróis ou vilões, mas sim como produtos da necessidade: o Capitão Nascimento do filme não é a solução, apenas uma tentativa de reduzir os sintomas" (COSTA, 2007), aparece um veículo de comunicação com uma tiragem de 1 milhão de exemplares que estampa na capa a seguinte chamada:


"Pegou Geral"
O filme Tropa de Elite é o maior sucesso do cinema brasileiro porque trata bandido como bandido e mostra usuários de drogas como sócios de traficantes.


Eu sei, a tendenciosidade da dita revista já foi discutida várias vezes, mas é deprimente ver que muita gente compartilha dessa visão. Ao assistir o trailer do filme no youtube, os comentários são claros:

"não tao errado nao
tem q mata boy e tem que mata os cara que distribuem
foda-se os 2 não tem lado certo nem coerente com o que faz perante a lei."

"Acho que depois de Cidade de Deus e Cidade dos Homens, dá pra ver que dessa vez bandido é realmente visto como bandido, e é punido como deve realmente ser punido."

"filme show demais, assisti no cinema, bandido tem que morrer, num tem que matar 6 ou 12 , tem que matar todos"

A superficialidade de opiniões desse tipo é tão grande quanto aquelas apontadas pelo André: resume um problema complexo em uma solução simples. E se fossem só opiniões de piás inconseqüentes num vídeo do youtube tava tranquilo. O problema surge quando um veículo do tamanho da Veja começa a estampar isso na capa e reforçar esse tipo de visão.

O filme - isolado - pode levar à reflexão, e isso é incrível. Mas refletir não interessa à Veja: ela quer mesmo é matar bandido. Porque é assim que as coisas vão se resolver.

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