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Reciclagem, Casamento e Difamação
Leandro Corrêa - 21 agosto 2007 - 21:00
Foi divulgado hoje que o Brasil é o país que mais tem usuários de MSN no mundo: 30,5 milhões, segundo a Microsoft. "A audiência gigantesca transformou o Messenger [e o portal MSN] em locais disputados entre os anunciantes, sobretudo para aquelas empresas que querem falar com o público entre 6 e 24 anos, quase metade dos usuários do Messenger". Por essas e outras, é inegável que a internet já tenha se consolidado como destino de verbas publicitárias (e até o fim do ano, se tudo der certo, terei uma monografia para demonstrar isso cientificamente!). Ainda assim, às vezes parece que as redes de TV, rádio, os jornais e revistas não se deram conta disso, e tem explorado a web de maneira ingênua - coisas do tipo votar em quem deve sair do Big Brother ou perguntar "o Grêmio tem futuro com Tuta titular?" para o locutor...

Entretanto, para o bem da evolução, vez que outra surgem iniciativas que fazem Web e mídias tradicionais se complementarem.

• Reciclagem


Desde fevereiro desse ano, o Pânico na TV está contando com a participação de telespectadores diretamente de suas casas. Usando microfone, webcam e Skype, as pessoas participam ao vivo do programa, interagem com os apresentadores e às vezes até anunciam atrações.

Apresentador do Pânico na TV conversa com telespectador, ao vivo, pela webcam

Bobagem? Exibicionismo? Coisa de amador? Não vem ao caso. O que importa é o potencial de entretenimento e o sucesso que a idéia tem feito. Além disso, a mistura de TV com internet do Pânico chama atenção por outros 2 motivos. Primeiro porque, apesar de simples, a experiência tem um quê de ineditismo e, até onde se sabe, nunca foi feito ao vivo em nenhuma rede de TV no mundo todo. E segundo porque, como disse a Rosana Hermann, do blog Skype Brasil, trata-se da "outra mão da infovia do broadcast, que sempre emitiu, sem jamais receber conteúdo do telespectador". Um tipo de reciclagem do modelo de televisão, enfim.

Quem diria, um dos programas mais toscos da TV brasileira está inovando mais que, que seja, a MTV Brasil. Será crise de criatividade?

• Casamento

Fiquei um pouco decepcionado com o Urbano, um programa que estreou esse mês no Multishow. A premissa é muito boa: escolher um tema relacionado à vida moderna na cidade, e usar a internet (fórum, blog e debate via webcam) para discutí-lo na TV. Mas o barato da interatividade foi mal aproveitado e se perdeu, pois na televisão o Urbano é 30% de repeteco do debate feito pela web duas semanas atrás e 70% com apresentadora nas ruas da cidade investigando o que foi debatido.

Ainda assim, o Urbano tem seus méritos. O programa é todo pautado por discussões que rolam no fórum do site, e estas se transformam em sugestões para o tema do programa seguinte. Os internautas com relatos mais interessantes são convidados para o debate via webcam, o que de certa forma que enriquece aqueles 30%.

Resumindo, um casamento sem paixão, sem cerimônia, sem sal.

• Difamação

Na contra-mão dos dois exemplos anteriores, o Estadão resolveu apostar fichas numa campanha contra os blogs. Se você não acompanhou o que aconteceu, recomendo estes posts do Brainstorm #9 e do Moldura Digital.

Ainda que seja jornal impresso e não televisão, o Estadão e os jornais fazem parte da "antiga mídia", aquela que está vendo a web crescer e roubar sua preciosa audiência. Se com esta campanha o Estadão deu um tiro no pé ou gerou a polêmica que queria, eu não sei. Eu só sei que foi um desperdício a campanha ter ofuscado a inauguração do seu ótimo novo site, que agora tem uma interface bem mais bonita e amigável e incorpora o uso de tags, publica podcasts e tem blog para os colunistas - muito melhor que o novo portal da Folha, uma salada de fruta de textos, imagens e banners inaugurada ontem (sinto muito, mas como protesto só vou linkar pra Folha mesmo!).

Ou seja, o Estadão resolveu criticar a internet e os blogs justo no momento em que mais poderia tirar proveito deles. O que, no fundo, demonstra que eles não devem entender de nada mesmo.

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