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Pé na tábua
André - 31 agosto 2007 - 19:25
Grand Prix (Grand Prix)
5/5

Direção: John Frankenheimer
Roteiro: Robert Alan Aurthur, baseado em história de Robert Alan Aurthur

Elenco
James Garner (Pete Aron)
Yves Montand (Jean-Pierre Sarti)
Brian Bedford (Scott Stoddard)
Jessica Walter (Pat Stoddard)
Antonio Sabato (Nino Barlini)

Lançado em 1966, é melhor do que qualquer "Velozes e Furiosos" por aí.

Grand Prix acompanha uma temporada de Fórmula 1, das sinuosas curvas de Monte Carlo à pista inclinada de Monza, passando no meio do caminho pelos questionamentos e motivações de suas personagens.

Como a sinopse indica, é mais um filme sobre pilotos do que sobre automobilismo: Aron, Sarti, Stoddard e Barlini, os quatro candidatos ao título mundial e heróis do circo da F1, são retratados como pessoas comuns, que simplesmente não conseguem ficar longe das pistas - e, ao invés de apelar para subtramas dramáticas fáceis, o roteiro expõe as personagens através de cenas simples do cotidiano (que se contrapõem às eletrizantes sequências de corrida, indicando essa necessidade de adrenalina) ou de sacadas nos diálogos ("Se qualquer um de nós realmente imaginasse como é bater em um muro a 290 km/h, não estaríamos aqui" diz Sarti, a certa altura). Mas a idéia aqui não é dar respostas concretas, e sim identificar os pilotos como pessoas normais que possuem algo em comum o talento de controlar um carro nas mais extremas situações.

Utilizando todos os recursos disponíveis na época, John Frankenheimer constrói planos incríveis, que as vezes simulam ângulos das transmissões televisivas e as vezes dão a perspectiva dos próprios pilotos. Ajudado por uma edição pertinente e corajosa (em determinados momentos durante a corrida a tela se divide, mostrando imagens diferentes que ajudam a caracterizar a figura de cada piloto), o diretor vai além do espetáculo visual, levando o espectador para dentro da situação. Por exemplo, ele não tem medo de manter sua câmera colada no asfalto e correndo junto com os carros pelo tempo que for necessário, sem trilha nenhuma, apenas com o barulho dos motores - e, assim, cria suspense em torno do que pode acontecer aos corredores (as sequências na Bélgica e em Monza são incrivelmente tensas).

Existem alguns poréns, já que de vez em quando Frankenheimer parece maravilhado demais com os recursos disponíveis e exagera na dose (mas nada que comprometa o resultado final). Se hoje em dia o mais importante é ter sequências cada vez maiores e mais audaciosas, Grand Prix destoa porque, ao invés do visual, aposta na importância que cada corrida vai ter para o espectador. Com isso, torna-se empolgante. E na disputa com os outros filmes sobre automobilismo, larga na frente.

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