Futebol é uma caixinha de surpresas. Alguém aí já ouviu essa? Batidaça, eu sei. Mas eu tenho certeza de que se no futebol o mais forte vencesse sempre o cataclisma 14 não teria uma coluna semanal dedicada a esse esporte, pois ele não seria apaixonante. Quem sabe a coluna pudesse se chamar “Pino 14” e falar de boliche. Ou “As de espada”, que vale 14 na canastra. Daria o mesmo Ibope...
Nós, filhos dos anos 80, aprendemos a chamar esses imprevistos que só o esporte mais popular do mundo consegue nos proporcionar pelo nome de um dos personagens mais marcantes daquela década: a Zebra.
Todo mundo adora uma zebra, quando não é surpreendendo seu time do coração. É da natureza humana a compaixão pelo mais fraco, assim como a secação contra o mais odiado também o é.
A história do futebol está minada de zebras históricas: Bangu e Coritiba decidindo Brasileirão em 85; Porto e Once Caldas no mundial interclubes em 2004; Turquia e Coréia (zebra induzida) no terceiro lugar da Copa de 2002...
Como não poderia ser diferente, a maior zebra de todos os tempos foi em preto-e-branco. 1950. Uma Copa do Mundo em casa. O maior estádio de futebol do mundo construído para comemorar um título inédito. O melhor time que o Brasil já havia montado até então, goleando sistematicamente cada um dos adversários que surgiam à sua frente. Uma jogada pela esquerda e pronto. Zebra com nome e tudo: Maracanaço!
Claro que não poderia acabar a coluna sem uma alfinetada. Dezembro de 2006, foi o que??? Zebraça!!! Alguém discorda? Só não fali porque nenhum colorado teve coragem de apostar comigo contra o Barcelona...