Estamos na metade de agosto e Porto Alegre padece sob um calor demoníaco de trinta e tantos graus, o que, segundo estudos científicos, é mais ou menos a temperatura na coroa do sol. Mais uma subversão do status quo que indica o inevitável fim do mundo em 2012, anunciado pela vinda dos quatro cavaleiros do apocalipse, ou, como podem ser chamados, "os quatro C's" (Chelsea, City, Corinthians e Calor). O pior, entretanto, não é o calor PER SE, mas sim os REVESES que chegam de carona: suor oceânico, e, claro, os inevitáveis mosquitos.
O calor é uma época propícia para o surgimento de mosquitos, porque o calor é uma coisa do diabo e os mosquitos também, então eles se unem nessa grande Liga da Justiça de vicissitudes para assolar o ar à minha volta. E, como todos sabem, é impossível se livrar dos mosquitos. Eles são tipo uma mistura de Neo com John McLane, desviando-se das investidas ou simplesmente ignorando-as e sobrevivendo por puros COLHÕES e derrubando helicópteros com carros (referência obrigatória), além de multiplicarem-se feito academias. Não se pode vencê-los, não se pode fugir deles. A única coisa que dá pra fazer é tentar afastá-los com a mão quando eles se aproximam durante a madrugada, mas as chances de você acertar o seu ouvido são muito grandes.
Vejam bem, a grande questão dos mosquitos neste calor fora de época é que estamos sem as nossas defesas naturais contra eles, as lagartixas. Que, por algum motivo darwinista, nos deixaram abandonados à própria sorte. E agora, como importar uma lagartixa me parece muito fora de orçamento graças aos 50% de impostos, só há um Deus em quem podemos depositar nossas esperanças de uma confortável noite de sono: Caladryl.
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