Um dos melhores jogos de videogame da minha infância foi NBA
JAM. Essa “fita”, que eu jogava no meu Super Nes, entrou na minha vida na direção
oposta do que normalmente acontecia com os simuladores: Se comecei a jogar
Super Mônaco GP por gostar de Fórmula 1 e Fifa Soccer por ser viciado no ópio
do povo, foi justamente por jogar NBA JAM que eu me interessei pela National
Basketball Association, inspirado pela empolgação que aquela fonte virtual de
adrenalina me causava.
E nessa onda de curtir basquete, eu tinha bonés e camisetas com
os mascotes da Looney Tunes vestidos como jogadores, álbum de figurinhas da
NBA, e até uma bola de basquete. Isso mesmo! O videogame me incentivando numa
atividade física nova! “A vida imitava o vídeo(game) e eu inventava um novo
inglês...”
Depois de algumas temporadas, eu me convenci de que ninguém
além de Michael Jordan era capaz de reproduzir aquelas piruetas exageradas que
os bonequinhos do NBA JAM faziam naquela quadra bidimensional hipnótica.
E quando ele parou de jogar, eu gradativamente perdi o interesse, afinal o que eu
queria era ver NBA JAM na TV, e não simplesmente basquete.
Mais de uma década se passou, e nesse ano, por uma bela dose
de acaso, estou acompanhando os Playoffs da NBA. O jogo mudou e eu mudei
também. Observando agora sob a ótica de publicitário, o que me impressiona é a
capacidade de espetáculo que o esporte tem. Tudo é fonte de renda, dá pra
aproveitar qualquer coisa pra vender. Tudo bem, nos anos 90 isso já existia. Lembra dos meus bonés, das minhas figurinhas e do próprio videogame?
A diferença é que hoje eu consigo perceber melhor isso. E o
caso mais emblemático talvez seja James Harden. O cara é reserva dos Thunders, time
que chegou há 3 anos em Oklahoma City, mas já é ídolo por lá e a torcida já é
fanática pelo time. Harden é uma espécie de talismã, e tem uma característica
peculiar: um visual Mr. T, vindo diretamente dos anos 80. Abaixo, uma foto do
jogador e outra com o efeito que ele causa na torcida.
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