Se não está no Google, não existe. Quantas vezes você já ouviu essa piadinha? Ela deve ter a idade do próprio mecanismo de busca. E ficou tão enraizada na cabeça das pessoas, que deixou de ser piada há muito tempo e se tornou uma espécie de slogan extra-oficial do Google por aqui.
Fácil perceber que a Google-dependência acometeu um número mais avassalador de pessoas do que a mais assustadora das previsões da OMS para casos de gripe suína. Experimente! Pergunte às pessoas à sua volta o que mudou na vida delas depois que descobriram essa maravilhosa ferramenta. Certamente choverão respostas das mais variadas, mas dificilmente alguém não vai ter nada a dizer a respeito.
Apesar desse caráter onipresente, a marca Google (ainda) não é a mais valiosa do mundo. Perde para a Apple e para a IBM. Repare, duas outras marcas relacionadas a comunicação/internet/etc. Alias, das 10 marcas mais valiosas de hoje, 7 são desse segmento. Alguém não apostou em Coca-Cola e McDonalds entre os 3 intrusos?
Esse número mostra, de forma exagerada, o quanto essa tal de internet borbulha em oportunidades. Mas hoje eu li uma pesquisa muito interessante da FGV que mostra que 1/3 dos brasileiros não tem interesse em usar a internet e que mais da metade das pessoas não vê necessidade em usá-la com freqüência.
A pesquisa se aprofunda mais, a ponto de chegar à conclusão de que não basta disponibilizar computadores para promover inclusão digital. O debate é interessante, mas ao me deparar com um numero tão expressivo de pessoas optando por não ter um contato excessivo com a grande rede, uma pergunta esperançosa ocupou a minha cabeça: Será mesmo que precisa estar no
Google pra existir?
Quando se fala em inúmeras possibilidades, é preciso entender que elas aparecem também offline.
Marcadores: Expressão Digital, Google, marcas, offline, ranking |