As conquistas de Manchester City e Chelsea, ao longo da última semana, são o início de uma nova fase no esporte mais popular do mundo: o futebol fast-food. Já há bastante tempo que os clubes tentam se maquiar como empresas, mas finalmente a iniciativa começou a dar lucro. Agora ambas as equipes cresceram na hierarquia futebolística seguindo o caminho inverso: ao invés de surpreenderem em algum torneio e se tornarem famosas, ficaram famosas para depois surpreender em algum torneio.
Claro que os milhares de capitalistas xiitas vão invadir este post e dizer que é o curso natural das coisas. Talvez não exista mesmo um motivo lógico para diminuir as conquistas de City e Chelsea, mas estamos falando de futebol, paixão, instinto, e o instinto me diz que é a coisa certa a fazer. Assim, não deve surpreender a vocês que eu classifique times que primeiro vendem a marca e depois tentam conquistar algo como "futebol fast-food". Clubes cujo crescimento da torcida internacional é fruto de pautas na imprensa, e não de merecimento por critérios dignos (futebol, camiseta bonita, craque do leste europeu, volante de categoria, etc). É o equivalente a beber Heineken e dizer que ela é melhor do que a Polar.
Entretanto, ao que tudo indica, é a tendência a ser seguida. Podem esperar então muitas equipes irrelevantes ganhando status através de sheiks malucos que precisam lavar o dinheiro em algum lugar. A menos, claro, que algum herói esteja ressurgindo para impor os valores sagrados do futebol e doutrinar sem piedade a geração modinha que acha que dinheiro compra tudo.
Esperança, teu nome é Juventus. |