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Thiago Silverolli - 10 setembro 2007 - 00:43
Cantos de torcida. Uns dos maiores baratos que o futebol proporciona. Criativos, emocionados, debochados, engraçados ou oportunos; é uma coisa que sempre me chama a atenção quando estou acompanhando um jogo.

Na minha opinião, os cantos de torcida são muito mais legítimos do que os chamados hinos oficiais dos clubes. Nada contra os hinos, alguns são verdadeiras obras-primas. Mas é que sendo futebol um esporte genuinamente popular, justíssimo dar mais crédito a uma manifestação que surja do povo.

A CBF inclusive tentou instituir há algumas temporadas que os hinos dos clubes fossem executados antes das partidas, mas a idéia não funcionou na pratica, pois a torcida do Flamengo cantava na hora uma outra musica, que caracterizava muito mais seu sentimento do que a famosa “Uma vez Flamengo...” e diante disso, deu-se por fracassada a tentativa.

Mas existem exemplos em que a galera adere de coração às canções oficiais do seu clube. O caso mais famoso é o clássico “You’ll never walk alone” que a torcida do Liverpool proclama pelos estádios de toda a Europa. A frase está escrita no emblema oficial do time. Não sei se o que veio primeiro foi o canto ou o escudo, mas sem dúvida é uma das histórias mais emocionantes de interação time/torcida que eu conheço.

A Europa, berço de grandes nomes da música pop, propicia mesmo boas possibilidades de criação de cantos de torcida a partir da paródia de musicas bastante conhecidas. A torcida do Villareal se ligou nisso, e um de seus hinos mais conhecidos atualmente é uma versão em espanhol de Yellow Submarine dos beattles, fazendo alusão ao uniforme completamente amarelo com o qual a equipe costumeiramente se apresenta.

No Brasil, as torcidas costumam seguir modinhas efêmeras. Sem contar com os repetidos “olê, olê, olê, olê’s” e “com muito orgulho, com muito amor”, é comum ver uma torcida criar algo original que é copiado por todas as outras. A do São Paulo tinha um grito em 2005: “É-tri-co-lor! O-o-o-o...”, de lá pra cá pode-se ouvir variadas letras de torcidas de diferentes pontos do país que obedecem a essa melodia.

A torcida do Grêmio também está colonizando os estádios do Brasil todo. Reconhecidamente uma das que mais apóiam o time durante os noventa minutos (vá ao Olímpico e constate que não tem nada de partidário nesse comentário), vem tendo copiado o estilo que importou dos países platinos e que a diferencia das demais do país. Antes era só a torcida colorada que fazia, o que não é mérito nenhum afinal o que macaco faz de melhor é imitar. Mas nesse fim-de-semana ouvi gritos tradicionais que ecoam no Monumental há tempos sendo reproduzidos por vascaínos e cruzeirenses.

Há de se fazer uma menção à originalidade da torcida do Botafogo, que possui cantos empolgantes como “E ninguém caaaala...” que foi impagavelmente satirizado pela torcida do Flamengo.

Em matéria de humor as torcidas do Rio são imbatíveis, porem a manifestação mais hilária de que eu tenho lembrança aconteceu na final da Copa do Brasil de 2003. E justamente contra um time carioca. 15 minutos do primeiro tempo, Cruzeiro 3 x 0 Flamengo no Mineirão. Os jogadores rubro-negros esquecem o jogo e perdem a cabeça. Começam a bater. A torcida pede punição para os atletas do time visitante de uma forma bastante criativa: cantando o funk “Ah, que é isso? Elas estão descontroladas!”. Não me lembro de nenhum dos gols daquela final, mas a festa da torcida ficou marcada.

Com vocês, futebol:

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