Transformers (Transformers) 3/5
Direção: Michael Bay Roteiro: Roberto Orci e Alex Kurtzman, baseado em história de Roberto Orci, Alex Kurtzman e John Rogers
Elenco Shia LaBeouf (Sam Witwicky) Megan Fox (Mikaela Banes) Jon Voight (Secretário de Defesa John Keller) Peter Cullen (Optimus Prime - voz)
Um novo conceito para o câmbio automático dos carros.
Aproveitando a moda anos 80, robôs malignos invadem a Terra na busca de um Cubo mágico (não, não daqueles, mas seria engraçado), mas encontram aqui uma resistência feita por robôs bróders e uma galerinha que é só confusão.
Quando eu falei sobre o Quarteto Fantástico, disse que não tinha problema nenhum um filme ter como objetivo "apenas" entreter, desde que se mantenha coerente com a sua proposta. Pois é essa diversão descompromissada que Transformers tenta alcançar.
Com Michael Bay atrás das câmeras, o que se tem, pra variar, são muitos planos contraluz, efeitos especiais e a câmera sempre em movimento e/ou chacoalhando. Ah, e é tudo grandioso, e edificante. E tudo explode, também. E todo mundo corre em câmera lenta. Mas parece que a função do Spielberg como produtor era olhar pro diretor, fazer cara de simpático e dizer "Menos", pois na maior parte da projeção as coisas realmente funcionam: o espectador gosta dos protagonistas - graças também à ótima atuação de Shia LaBeouf e à ótima forma de Megan Fox -, há bastante suspense e expectativa pela aparição dos robôs, há bastante humor, há cenas de ação legais, há dinâmica entre as personagens... enfim, há aquela "diversão descompromissada" que foi citada no início.
Mas na meia hora final Spielberg deve ter ido ao banheiro, porque a coisa desanda e o trabalho feito até ali se transforma (desculpem, não resisti) em correria, gritos, explosões, destruições, clichês, câmera lenta, explosões, barulheira, bullet-time, explosões, clichês, tudo elevado à décima potência. O design dos robôs é parecido, então o cara nunca sabe quem é quem, até porque a câmera não pára quieta. O diretor não estabelece a geografia do lugar, então nunca se sabe quem está aonde, e os constantes closes em cenas tipo "mãos se tocando quando tudo parece perdido" não ajudam muito. Parece que alguém pensou "Vamos fazer cenas legais, ou seja, explodir bastante coisa", e lá se foi boa parte do orçamento.
No geral é um filme mais divertido do que irritante, e a transformação dos robôs ficou espetacular, e a barriga da Megan Fox é espetacular também. Provavelmente vai ter continuação, então quem sabe o 2 tenha uma história melhor, já que nesse destruíram tudo que podia ser destruído - afinal, não há porque duvidarmos de uma continuação hollywoodiana, certo?Marcadores: Peliculosidade |