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A Revolução do Miguxês
Kleiton - 18 julho 2007 - 23:59
"oie pessoax... td certu? aki tah td tranquilu... to mtu felix... ontem fikei sabendu d uma coisa q mi dexo mtu felix... soh q ainda naum possu conta.... segredu!!! hehehehe... ai ju.... axu q nem vai dah nd neh?!! hehehe... soh nos neh.... hehehehehe... ai genti hj eu to taum feliz q nem sei u q escrever... hehehe... ah sim... bjinhux p ju, ga, mah, p aninha, p gabi, meu coleguxu lucas q eh um amor... hehehe..... minha maninha suzynha....q eu amu mtux.... i p allan q eu adoru mtux....." [de um blog achado na internet]

Tempos atrás, eu usaria esse parágrafo acima para mostrar como as novas gerações estão perdidas, como a única saída seria começar do zero e como essa criançada precisa levar uma surra pra aprender a escrever direito. Mas o fato é que eu andei repensando essa minha posição depois de ler esse post do Valter. E digo mais: acho que essa criançada tá um passo à frente em relação ao que a nossa geração fez com a língua portuguesa.

Há tempos, temos conhecimento sobre a suposta má influência da internet nas salas de aula. Jovens que têm dificuldade para expor suas idéias de forma clara e coerente, e ainda por cima escrevem com as abreviações típicas da linguagem de chats e messengers. Educadores vão à loucura. É o fim.

Mas vamos analisar melhor. É verdade incontestável que a língua seja uma coisa dinâmica (primeiro semestre na Fabico, Lingüística e Comunicação, lembram?). Ou seja, está o tempo todo se modificando. Nossos pais influenciaram a língua que falamos hoje, nós influenciaremos a língua de amanhã, enfim. Só que nem nossos pais nem nós mesmos tivemos ousadia o suficiente para mexer na língua escrita; nossas gírias e expressões eram restritas ao universo da fala, nem sequer se aproximavam da rocha sólida da gramática aprendida na escola. Essa nova geração, talvez por estar imersa numa cultura predominantemente escrita (a da internet), está levando sua linguagem também para a sua redação.

Se a maioria absoluta dos jovens usar - e continuar usando - essa linguagem, nem educadores, nem o professor Pasquale, nem sequer o Papa vai conseguir impedir. E a clara tendência é que esses termos sejam incorporados ao vocabulário português - vide as sessões do Telecine com legendas em internetês. Não será uma linguagem para substituir a que conhecemos hoje, mas sim para completá-la.

É óbvio que educadores e estudiosos vão demonstrar a sua "preocupação" para defender a língua dessa "corrupção" à qual os jovens estão submetendo-a. Assim como os cientistas da época combateram com todas as forças Galileu Galilei, quando ele teimava em dizer que o sol era o centro do universo. Toda revolução causa uma reação proporcional.

Vamos esperar pra ver o que acontece.

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