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Conhecimento de Causa
Thiago Silverolli - 07 junho 2007 - 19:49
Jogo 12/14
Grêmio 1 X 3 Santos
Estádio da Vila Belmiro, Santos
Gols: Diego Souza (G) 23' 1t, Renatinho (S) 45' 1t e 15' 2t e 0-berto (S) 31' 2t

É bonito ver um time que sabe o que está fazendo. O jogo desta quarta-feira na Vila Belmiro foi sofrido, muito sofrido; mas em momento algum de toda essa fase semi-final o Grêmio esteve eliminado.

A maior virtude desse Tricolor não está nas suas qualidades, mas no pleno conhecimento de seus defeitos. Sinal de maturidade. Venho batendo nessa tecla desde a final do Gauchão do ano passado.

Contra o Santos, tínhamos a vantagem de poder até perder o jogo, mas a proposta inicial não era de se fechar lá atras e simplesmente nao tomar gols. Tanto é verdade que abrimos o placar com um golaço a la Fifa Soccer do Diego. Lance que nos classificou.

Mas com a saída por lesão de Carlos Eduardo; Mano, que já não contava com Tuta e Amoroso, percebeu que nao teria mais como atacar e escolheu o que suas possibilidades ofereciam: retranca absoluta e contra-ataque.

O tecnico sabia exatamente o quanto seu time podia aguentar, por isso pedia desesperadamente o fim do jogo nos acrescimos. Mais cinco minutos e esse texto ficaria extremamente amarelado...

O Santos fez a parte dele. Aliás fez mais do que esperava-se dele; pois pra quem nao se deu conta, o segundo gol do 'peixe' foi de 'coxa'; e até onde eu sei, o projeto genoma não evoluiu ao ponto de encontrarmos 'coxinha de peixe' nos menus dos restaurantes de frutos do mar.

Por se conhecer e por conhecer a competição como poucos, o Grêmio, apoiado em suas características e no regulamento, chega à quarta final de Libertadores de sua história.

(na minha visão gremista e parcial)
___________________________________________________

Depois de uma semana cheia de confusões fora de campo, com provocações dos dois lados, Santos e Grêmio tinham tudo pra fazer um baita jogo para decidir quem iria para a final da Libertadores. E as duas equipes cumpriram direitinho a promessa.

O primeiro tempo parecia uma reprise do primeiro jogo: o Grêmio anulava o time santista, que por sua vez só tinha conseguido uma chance de gol. Como no jogo do Olímpico, o Grêmio saiu na frente, desta vez com um golaço de Diego Souza. Parecia que a última pá de terra havia sido jogada sobre o caixão do Peixe. Afinal, a equipe paulista precisava de quatro gols. Parecia.

No final do primeiro tempo, o Santos empatou. O empate veio numa hora estratégica, pois o segundo tempo começou com os santistas com moral alta e ainda acreditando. E o segundo tempo foi completamente diferente: o tricolor tentava desesperadamente não levar gols enquanto o Peixe vinha com tudo. Um jogão! E não é que vieram o segundo e o terceiro gols? Só que a vitória por 3 a 1 foi insuficiente para desclassificar o Grêmio, que segue para a final e agora espera o seu adversário, que sai amanhã do jogo Boca Juniors e Cúcuta (!).

Duas observações: a primeira é que essa disputa me lembrou aquele embate de 1995 entre Palmeiras e Grêmio, quando os gaúchos podiam perder por até quatro gols de vantagem - haviam vencido por 5 a 0 o primeiro jogo - e ainda logo no começo da partida abriram o placar. O jogo terminou 5 a 1 para o Palmeiras, provavelmente com centenas de gremistas morrendo do coração.

A segunda é que o Grêmio pode conseguir uma façanha se ganhar a Libertadores (além do título propriamente dito): vão ter provavelmente a pior campanha da história entre os campeões da competição. Já têm cinco (!) derrotas, e nada impede que consigam mais uma. Isso se deve em grande parte à bela atuação de sua torcida, que não só lota o Olímpico como grita do início ao fim do jogo. De qualquer forma, jogar com o regulamento embaixo do braço também vale. Como também vale - e não tem preço - ver o Wanderlei Luxemburgo tendo piti contra a arbitragem e o José Roberto Wright.

(na visão colorada e parcial do Valter)

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