"Geraldo e você, tem tudo a ver!" Frase ouvida num programa de Geraldo Alckmin para a campanha eleitoral. Até pode ser que a Globo não tenha nada a ver com isso, mas NÃO DÁ pra não ligar uma coisa com a outra. E o pior é que até a voz era parecida com a do locutor global.
Halley PT/RS Candidato a deputado federal (1380). Apesar do potencial de trocadilhos infames desse nome, não teve nenhum. Nem "Esse candidato é um cometa" ou "Esse candidato caiu do céu". Nada. Quanto desperdício.
Por enquanto é só. Mas tem mais, só não me lembro agora.
Não sei quanto a vocês, mas tenho sentido uma necessidade extrema do S.C.Municipal - e dos colorados também - de se tornar o Grêmio. É sério. Não apenas copiar os cantos, a festa, mas agora eles vêm com o papo de "Inter é a alma gaúcha", "Inter é raça", e aquele monte de adjetivos que se aplicam única e exclusivamente ao time da Azenha.
E, devo admitir, isso de certa forma me incomoda. Não que eu ache que eles partilham destes sentimentos, mas ao fazer isso estão banalizando todos aqueles princípios que regem o tricolor gaúcho e sua torcida. Sabe aquela sensação indescritível que passou pela espinha quando o Grêmio ganhou do Náutico com sete em campo? Eles acham que bater o LIBERTAD na semifinal de uma libertadores palha é a mesma coisa. E, com isso, acabam tornando "comum" um sentimento que é inerente aos gremistas: a paixão. O S.C.Municipal é um clube, um time, qualquer coisa, mas ninguém é apaixonado por ele. Cadê o Portaluppi do Inter?
Essa modinha de "somos raçudos" me irrita. O S.C.Municipal ganhou a copa? Ganhou. Mas não venham com esse papo de "alma gaúcha" porque eu não vi nada disso. Aliás, os próprios hinos exemplificam: enquanto o do colorado exalta as glórias(?), o do tricolor exalta a paixão da torcida. Por isso são mundos diferentes. Não é a imensidão de títulos a mais que torna o Grêmio o maior. É aquele mar azul cantando, seja na Série B, Série A, no alto do morro, na Argentina, na altitude, na Libertadores, no Japão. Não é a quantidade de vermelhos que enchem o estádio na final do principal torneio da américa Latina que faz a diferença, mas sim aquele cara de azul em um canto do mundo, onde o futebol é pouco conhecido, cantando a sua paixão com raça, altivez, coração. E orgulho.
>> Eu tenho um azar dos diabos pra escolher cadeira eletiva.
>> Competitividade, estratégia e planejamento estratégico devem ser ensinados na EA. E só.
>> Eu sempre achei a Fabico hiper matada, e sempre reclamei. Agora que estou procurando cadeiras matadas pra me formar de uma vez, cadê?!?!
>> Vem aquela professora dizer que o ataque é o que vai definir a vitória, e que a defesa mostra ao adversário que você não tem a força adequada. Mas se o que importa é o resultado, e Itália é a prova viva que a defesa é uma ótima estratégia. E o quadrado mágico... bem, vocês entenderam.
>> Quando alguém diz que o planejamento estratégico deve ser contínuo, e deve se alterar conforme as necessidades, logo se deduz que tal planejamento NÃO EXISTE. Afinal, se você vai sair do curso no meio do caminho, porque raios precisa de um mapa??
Verdade seja dita: o Inter não jogo nada além do que vem jogando sempre, foi assim contra a LDU, contra o Libertad. Em contrapartida, o São Paulo não entrou em campo. Era só balão pra frente depois de ter tomado gol.
Isso que me faz ser gremista: Na hora do "pegapracapá" a gente não abre as pernas pra eles. Não dá pra confiar nos outros mesmo...
A Madonna resolveu encenar uma crucificação. Isso, é claro, gerou uma série de protestos por parte dos Vaticano e blá blá blá, o que deve aumentar ainda mais a venda de ingressos pros shows da cantora.
Lembrando das polêmicas causadas pelo Código Da Vinci, do consequente número gigantesco de exemplares vendidos e da bilheteria absurda que o filme fez, caiu a ficha: ao contrário do que muitos pensam, o Vaticano não passa de uma ferramenta de marketing.
E, verdade seja dita, uma das melhores. A fé move montanhas de dinheiro.
Um amigo é quem, acima de tudo, se preocupa com o outro. Não importa a situação, circunstância ou problema, ele sempre está do lado, fazendo o possível para tornar as coisas melhores. Um amigo não se mede com palavras, mas com ações.
Por isso, o Juventude precisa estar no topo da lista de cartões de Natal do Grêmio. Na equipe da serra nós podemos confiar cegamente. Que Deus os abençoe.
- Da Psico eu fiquei com duas. De repente até eram do teu semestre, mas não lembro dos nomes. - E da tua faculdade? - Da Fabico? Peguei quatro, se não me engano. - Hmm. - E tu? Quantas da Psico? - Dezesseis. - ... - ... - Bem, proporcionalmente dá no mesmo. - É o que eu ia dizer.
Tá legal, já adiei por muito tempo: o disco saiu no dia primeiro de maio, e um mês depois eu comprei. O artifício "Não tenho tempo pra escrever sobre mais nada durante a Copa" foi bastante utilizado, mas o torneio acabou e infelizmente os tchecos não levaram a taça. Depois de combater a preguiça com unhas e dentes e perder centenas de vezes, resolvi finalmente colocar esse post que tá encalhado na minha cabeça há uns dois meses.
Estou empolgado ao escrever estas palavras. Muito empolgado. O novo disco do Pearl Jam, auto-intitulado, é um oásis de criatividade no meio dessa recauchutagem feita pelas bandas vintage, assim como foi o do Oasis (sem trocadilhos) em 2005 e o do U2 em 2004. O Neil Young lançou um belíssimo trabalho este ano também, mas é claro que ele não recebe tanta atenção na mídia quanto, digamos, o White Stripes.
Sobre o Pearl Jam, então. O que se lê na "mídia especializada" é uma "volta da banda aos bons tempos", uma retomada de raízes (situação pela qual o U2 também passou ao lançar o "All That You Can't Leave Behind", em 2000). Mas isso é besteira. Esqueçam toda essa baboseira, por dois motivos. Primeiro: foi em sua "fase ruim" que o Pearl Jam lançou seus dois melhores discos, No Code e Yield (este a obra-prima da década de 90). Segundo: o novo "Pearl Jam" não é nada mais do que uma evolução do excelente Riot Act (2002), último álbum de estúdio que a banda havia lançado. Por isso, o novo trabalho traz menos experimentações, músicas mais diretas, sem deixar de lado a inspiração que permeou toda a carreira deles. Um disco político, que chega em um momento controverso e complicado, incitando não apenas uma "revolta contra o Bush", como muitas revistas falam por aí, mas sim uma reflexão sobre o que anda acontecendo. Não é a toa que o disco não tem nome: é muita informação para ser resumida em um título. E quem disse isso nem fui eu. Foi o Bob Dylan.
1 - Life Wasted Melodia: Gossard Letra: Vedder
Mazá, o disco já abre com uma pérola. Uma canção rápida, envolvente, com um excepcional trabalho de guitarras e um linha vocal primorosa. "Eu provei/Uma vida desperdiçada/E nunca mais vou voltar" canta o vocalista no refrão, em uma música que reflete bem o que a banda passou ao longo da carreira.
2 - World Wide Suicide Melodia e Letra: Vedder
Música que valeria o nome só pelo título. Para muitos é sobre a invasão ao Iraque, mas pode ser aplicada em qualquer lugar do mundo (É uma vergonha acordar em um mundo de dor/O que significa quando uma guerra tomou conta?). Não é a toa que foi o primeiro single: além de sua óbvia qualidade radiofônica, é agitada, possui uma urgência que casa perfeitamente com o tema proposto. Nada de revoltas óbvias. Refletir é tudo.
3 - Comatose Melodia: Gossard e McCready Letra: Vedder
Mais uma paulada do Pearl Jam, no melhor estilo "Brain of J". As guitarras furiosas dão o tom, enquanto Vedder solta um vocal rasgado e intenso. Descrevendo assim pode parecer uma típica música punk, mas a banda de seattle consegue ser criativa e criar uma canção memorável.
4 - Severed Hand Melodia e Letra: Vedder
Essa eu achei mais ou menos. A parte instrumental é realmente muito interessante, mas o vocal tenta parecer "estranho" demais, ao invés de se ater à melodia. Soou como uma tentativa de reeditar "Insignificance" (Binaural, 2000). O finalzinho até empolga bastante (E se eu não perder o controle?/Explorar ao invés de explodir), mas aí já não adianta.
5 - Marker In The Sand Melodia: McCready Letra: Vedder
Mais uma vez McCready e suas afinações alternativas constroem uma canção brilhante, que já nasceu clássica. Um riff quebrado leva a música enquanto Vedder questiona a fé cega (Agora temos os dois lados/Matando em nome de Deus/Mas Deus não pode ser encontrado em nenhum lugar, convenientemente). Poderia ser mais pertinente? Atenção: o refrão de "Marker In The Sand" é absolutamente, indescritivelmente espetacular, e ele VAI ficar na cabeça de quem ouvir durante dias. Quem avisa amigo é.
6 - Parachutes Melodia: Gossard Letra: Vedder
Uma balada acústica. Pode soar um pouco estranha nas primeira audições, não é uma balada convencional - lembra bastante até John Lennon em sua fase solo. No entanto, e não sei dizer exatamente porque, acho ela de uma qualidade excepcional, posso ouvir duas, três, quatro vezes seguidas. Tenho um carinho muito grande por essa canção. Stone estava inspirado.
7 - Unemployable Melodia: McCready e Cameron Letra: Vedder
Uma das poucas músicas pearjanianas onde a batida quebrada de Matt Cameron funciona. Me lembra "Dissident", embora uma não tenha nada a ver com a outra. Possui uma melodia muito boa, com versos inspirados em cima - Eddie Vedder soa como Bruce Springsteen, cantando uma história comum na terceira pessoa para denunciar um problema maior (e universal). Uma canção legal, com grande potencial radiofônico.
8 - Big Wave Melodia: Ament Letra: Vedder
Rockzão no estilo que o Jeff vinha fazendo. Rápida, diferente e inspirada, possui um refrão grandioso, que volta de novo aos riffs potentes do verso em um círculo cativante. É de uma simplicidade admirável. Tipo de música que, tocada no início ou no final do show, vai fazer a gurizada se arrebentar na platéia.
9 - Gone Melodia e Letra: Vedder
Música que começa lenta, vai crescendo aos poucos e explode em um refrão apoteótico. Mas sou suspeito pra falar: fico arrepiado sempre que a ouço.
A repetição do refrão de "Life Wasted", apenas com a voz e um teclado atrás dando o clima. Uma ótima idéia, melhor que aquelas "estranhezas" que o Pearl Jam costuma colocar nos discos.
11 - Army Reserve Melodia: Ament Letra: Vedder e D.Echols
Fraquinha. Não é uma música ruim, mas também não é grande coisa. Tem até uma levada bacana, e a idéia é bem legal ("Army Reserve", ou "Reservista do Exército", não se refere aos reservistas em sí, mas sim às famílias dos soldados). Não me chamou muito a atenção.
12 - Come Back Melodia: Vedder e McCready Letra: Vedder
Melhor pegar uma caixa de lenços de papel antes de ouvir essa. Uma balada sobre alguém que já se foi. Simples, cativante e sincera ao extremo, é permeada por um clima de grandiosidade e sofrimento. Se o início já é amargurado (Se eu continuar aguentando/A luz conseguirá me alcançar?), ser levado pela música até o refrão (E nas noites eu espero por/Uma possibilidade de que possa te encontrar nos meus sonhos/Algumas vezes você está lá e está falando comigo/Chega de manhã e eu posso jurar que você está ao meu lado), o belíssimo solo de guitarra e o final com Vedder gritando desesperado (Eu estarei aqui/Volte/Volte) é uma experiência única.
13 - Inside Job Melodia: Vedder e McCready Letra: McCready
Última música do disco, que faz referência à Doença de Chron, da qual o guitarrista Mike McCready sofre. Começando com uma atmosfera sombria, floydiana, a canção vai ganhando força. Conforme o resto da banda entra, ela fica grandiosa, levemente otimista. A melodia é sensacional, e prova mais uma vez que o Pearl Jam é uma das (senão A) bandas mais criativas da atualidade. Sem soar datado, repetitivo ou cover de si mesmo, fizeram uma canção soberba, que aos poucos vai mudando o humor de quem estiver ouvindo. Mais uma pérola, assim como muitas neste disco, que considero mais uma obra-prima da minha banda favorita. E depois do clima "pessmista" do álbum (o mais político que o Pearl Jam já fez), do início meio melancólico da canção, a última frase deste trabalho - envolta no mais cativante clima de otimismo - é arrebatadora:
"A vida vem de dentro do teu coração e dos teus desejos".