Galvão Bueno começou a transmissão deste sábado com uma daquelas piadinhas sem graça que nos acostumamos a aturar por causa da exclusividade da Globo nas partidas da Copa.
“ÉÉÉÉ, AMIGO! A MELHOR PARTIDA DA COPA FOI ONTEM, A DA ARGENTINA PARA CASA.”
Quem não gostou da derrota dos hermanos foi porque preferia uma final sul-americana na copa. Afinal, os sul-americanos são muito melhores do que os europeus, a dúvida era quem seria o vice do Brasil na final, e pra gente tem muito mais graça ganhando da Argentina. Eles estão fora, mas nós somos imunes a isso. Ah, é? Avisa o Zidane! Não era pra ter se aposentado hoje? Não era para encerrar a careira do último grande carrasco da seleção? Deu França de novo, apesar disso ainda somos melhores. Se a gente perdeu nunca é mérito do adversário. Ou a gente amarelou ou tem marmelada, o que será inventado dessa vez? Essa mania de tapar o Sol com a peneira, de não admitir os próprios erros e as próprias fraquezas é retrato do comodismo que nos aflige também em outras áreas. Com certeza eu não estaria escrevendo esse texto em caso de vitória. Ok, admito. Também por isso estou usando a primeira pessoa, ainda que no plural. Estou aqui me apropriando da campanha do nosso ítalo-integrante. “O pior do Brasil é o brasileiro.” Agora, vou ouvir muitos “eu sabia que o Brasil não ia longe”, confesso que apesar de não ter gostado das primeiras partidas, eu achava que o Brasil chegaria na final. Talvez o excesso de confiança tenha prejudicado, aquela piadinha do Galvão comprova que os brasileiros estavam fazendo o que criticavam nos argentinos.
ALIAS, A GENTE VOLTA COM ELES. E DE CARONA NAS AEROLÍNEAS ARGENTINAS, PORQUE PARECE QUE O VÔO DA VARIG DE FRANKFURT FOI CANCELADO...
Ficou meio desconexo esse texto, estou abalado. E não dá nem pra sair com aquela velha desculpa de “azar, não vai mudar nada na minha vida” porque na quarta-feira vai ter turno integral na BV por causa dessa derrota. |