Vi uma entrevista com Barack Obama no David Letterman, esses dias. O cara tem desenvoltura (também conhecida como MALEMOLÊNCIA ou FUTEBOL-MULÉQUE por estas bandas), é bastante pé no chão, parece à vontade na frente das câmeras e inclusive tem sacadas bastante engraçadas ("Uma coisa que precisa ser levada em consideração é que eu já era negro antes das eleições").
No entanto, o que mais me impressiona é o status que esse sujeito adquiriu. Não à toa, claro: primeiro presidente negro, democrata, não-Bush, consegue ler livros de cabeça pra cima, etc. Virou símbolo de mudança e esperança, e todas essas coisas edificantes, como se vestisse um terno feito diretamente da película original de O Rei Leão. Só que a coisa toda foi muito além, e hoje Obama é nada mais nada menos que um ídolo pop. É uma celebridade. Até em histórias em quadrinhos o negão apareceu, sem contar as alianças e parcerias com diversos artistas. Não duvido que crianças pequenas amarrem toalhas no pescoço como se fossem terno e gravata, e saiam correndo pela sala atacando republicanos. Graças à sua histórica corrida eleitoral, a cultura pop está impregnada de Obama.
Cara, o sujeito que fez a campanha dele deve pegar muita mulher. |