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Uma câmera na mão e uma (boa) idéia na cabeça II
André - 12 outubro 2008 - 19:42
Cloverfield - Monstro (Cloverfield)
4/5

Direção: Matt Reeves
Roteiro: Drew Goddard

Elenco:
Lizzy Caplan (Marlena Diamond)
Jessica Lucas (Lily Ford)
T.J. Miller (Hudson "Hud" Platt)
Michael Stahl-David (Rob Hawkins
Mike Vogel (Jason Hawkins)
Odette Yustman (Beth McIntyre)

Durante uma festa de despedida em um apartamento em Manhattan, o irmão mais novo e mais feio do Godzilla ataca a cidade e bota a galera pra correr. A situação toda é acompanhada pela câmera de um deles, que gravava o bailezinho e queria aparecer no "vc repórter" do Terra.

Quando eu falei de [REC], disse que a originalidade do filme não estava na idéia, e sim na execução. Pois bem, Cloverfield segue pelo mesmo caminho (mas com algumas dezenas de milhões de dólares a mais). Certamente o conceito do filme deve ter vindo de algum pensamento do tipo "ei, se é legal ver coisas explodindo e prédios caindo, deve ser mais legal ainda se for pelo ponto de vista de alguém no meio da algazarra". E deu certo.

Isso porque, contrariando o manual dos blockbusters, a película não se apóia nos seus ABSURDOS efeitos especiais como a seleção se apóia no Kaká. Digo isso porque uma parte considerável do tempo é utilizada para apresentar o espectador às personagens, quem é quem, quem gosta de quem, quem vai pra onde, etc. Com isso, o diretor consegue fugir da esquematização que inevitavelmente surge com estereótipos, e fica mais difícil prever os acontecimentos (embora certas convenções do gênero, claro, apareçam de vez em quando - metade da destruição, por exemplo, é causada pelo monstro, e a outra metade pelos militares tentando acertar o monstro).

Ok, mas esse papo de desenvolver as personagens é coisa de sãopaulino. O que a gente quer é ação, explosões, prédios e monumentos históricos beijando o chão! E isso tem de sobra em Cloverfield. Aliás, só posso imaginar que os produtores e o diretor fizeram um PACTO COM O DIABO para conseguir imagens tão realistas. Tipo, ta lá o cara gravando e tal, e de repente vem a cabeça da estátua da liberdade voando de longe, RICOCHETEIA em um arranha-céu e aterrisa sem sutileza nenhuma BEM NA FRENTE DO MAGRÃO! É assustador, quase tanto quanto o ataque dos monstrinhos no túnel do metrô, sequência dolorosamente tensa, bem construída e que faz os lagartos do filme Godzilla parecerem um bando de ácaros.

Além do subtítulo nacional dispensável, Godzilla 2 Cloverfield conta também com uma montagem ágil, que mantém o ritmo frenético da correria com a câmera na mão (cortes secos, elipses súbitas, flashbacks pertinentes). E é legal ir descobrindo as coisas junto com a gurizada do filme. Assim, quando os militares se desesperam ao ver que determinada personagem foi mordida por um monstrinho, o espectador também fica sem entender nada e se assusta mais com a coisa toda. Confesso que temi pelo momento em que um "cientista militar formado em zoologia radioativa avançada de filmes japoneses da década de 50" iria surgir e explicar a história do bicho, mas felizmente Hollywood de vez em quando consegue conter seus vícios.

Já falei que nem sempre uma idéia precisa ser original, desde que seja bem executada. E Cloverfield prova isso. Tem tensão, personagens até simpáticas, um monstrengo completamente em chamas botando tudo abaixo, efeitos especiais em grande quantidade, e até uma brecha para relacionar a história com 11 de setembro (como se faz com tudo que vem dos EUA, aliás). Pedir mais do que isso do mercado cinematográfico que realizou DOIS FILMES do Quarteto Fantástico seria exagero.

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