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O banco que rouba o tempo dos gaúchos
André - 10 março 2008 - 16:01
Ao longo da uma hora e vinte minutos que fiquei na fila do Banrisul - algo não exatamente incomum -, me deu vontade de escrever um post falando sobre como um mp3 player muda a vida de uma pessoa: atividades antes chatas tornam-se bem mais suportáveis, viagens longas de ônibus ganham trilha sonora, e tem algo de cativante em caminhar no parque ouvindo Pink Floyd. Claro, ainda é um absurdo ficar oitenta minutos em uma fila, mas pelo menos o sujeito tem a companhia de Neil Young, Bruce Springsteen, Eddie Vedder, Noel Gallagher, entre outros.

Só que isso tudo foi pro saco quando a mulher do caixa não me deixou pagar algumas contas com cheque - e o fato de eu ter pagado exatamente os mesmos papéis com cheque no mês passado não amoleceu ela. Não sei se mudou alguma coisa de lá pra cá, ou sempre foi assim e eu dei sorte todas as outras vezes que fui quitar tais débitos. A questão é que fui privado de uma hora e vinte minutos da minha vida em vão. E, ao contrário do que pensam os bancados banqueiros, deixar a televisão ligada na Globo não facilita a jornada.

Como dois boletos precisavam ser pagos hoje, me preparei para sacar dinheiro e ouvir mais cinquenta minutos de música do mp3 (no mínimo), mas em uma rara benevolência do destino as circunstâncias permitiram a utilização do caixa eletrônico para a quitação de ambos. Só me deu pena de não poder chegar novamente no caixa, apontar a placa que diz Tempo Máximo na fila: 15 minutos (dias normais), 20 minutos (vésperas de feriados e dias de pagamento) e perguntar se aquilo era pra tirar sarro dos clientes. Porque eu não achei muita graça. E olha que tenho um mp3 player.
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