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The book is on the screen
André - 07 março 2008 - 18:55
Quando eu finalmente tive a oportunidade de assistir O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford, em uma cópia pirata (já que a distribuidora fez questão de não lançar o filme nas salas de Porto Alegre), chegou às minhas mãos também o livro no qual o filme foi baseado. E aí fiquei na dúvida: será que primeiro vejo a película ou leio o livro? Afinal, todos sabem que o livro é sempre melhor do que o filme, certo?

Ou talvez a coisa não seja exatamente assim. Filmes e livros são duas coisas absolutamente diferentes, com objetivos e aproveitamento da história distintos. Comparar ambos é o mesmo que comparar seleções de diferentes épocas, dizendo que uma venceria a outra quando é impossível provar. Talvez no máximo possamos dizer que o filme é ruim e o livro é bom, e vice-versa.

Vamos a exemplos. Considero Clube da Luta, o filme, tão intenso e questionador quanto sua versão literária. É uma adaptação 'fiel'? É, pois mantém as estruturas principais da história, restringindo e alterando elementos que não funcionariam em uma narrativa cinematográfica. A mesma coisa com O Senhor dos Anéis: retirar da trilogia fílmica o capítulo conhecido como Expurgo do Condado foi uma decisão acertada, pois a sequência iria enfraquecer o clímax (a batalha contra Sauron) ao adiar o final desnecessariamente. Os puristas reclamam, claro, mas a produção se beneficia.

Essas duas obras, entretanto, primeiro eu assisti na telona, e só depois fui atrás dos manuscritos - minha simpatia pelos filmes pode ter feito a diferença na hora da análise. Se eu pegar então O Guia do Mochileiro das Galáxias a afirmação 'o livro é melhor' faz sentido. Só que é melhor não porque precisa obedecer à máxima de que os livros são melhores, e sim porque a película falha em alguns aspectos (perde ritmo na sequência do 'espirro', por exemplo). Outras produções como O Diabo Veste Prada mantém na narrativa cinematográfica a mesma qualidade da narrativa literária, mudando algumas coisas e deixando o essencial. Já Código Da Vinci não funciona como filme simplesmente porque o roteirista tentou transferir a história, ao invés de adaptá-la - a obra tenta explicar com o máximo de texto aquilo que devia deixar a cargo das imagens, e por isso torna-se chata e irritante em determinados momentos.

Não quero com esse post dizer que assistir ao filme substitui a leitura, não é isso. São apenas experiências diferentes, e por isso, talvez, compará-las seja ignorar os aspectos diferentes que agregam à mesma história. Não sei ao certo. Vou acabar de ler O Assassinato de Jesse James e depois chego a uma conclusão mais definitiva.

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