Jumper 2/5
Direção: Doug Liman Roteiro: David S. Goyer, Jim Uhls e Simon Kinberg, baseado em livro de Steven Gould
Elenco Hayden Christensen (David Rice) Rachel Bilson (Milie Harris) Samuel L. Jackson (Roland) Jamie Bell (Griffin)
Anakin Skywalker Hayden Christensen é David, uma versão menos monstruosa do Noturno dos X-Men que, assim como o presidente da CBF, pode ir pra qualquer lugar a hora que quiser. Como isso aparentemente não é interessante o suficiente, há tambem uma trama boba envolvendo caçadores e locais famosos.
Durante a sessão, eu ficava pensando no que escrever sobre o filme. Não há absolutamente nada nas quase duas horas de projeção. É uma história pronta, que conta com a tradicional família desestruturada para o 'herói', a constatação de que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades, a utilização deles pra surrar o valentão do colégio, o encontro com um outro 'herói' que explica como as coisas funcionam... diabos, tem até mesmo a briga entre o protagonista e a mocinha, para que no final ela se dê conta do erro e volte para os braços do cara. E se os produtores acham que fizeram um filme 'adulto' só porque o protagonista usa seu poder para roubar bancos, não adiantou muito colocar o Samuel L. Jackson como um vilão que sai matando a galera sem motivo nenhum - a não ser, claro, o de fazer o herói se tornar uma pessoa mais palatável frente ao público.
Aliás, um filme de ação que não possui nenhuma sequência realmente empolgante já é indício de que as coisas não estão indo bem. Incomoda demais a câmera chacoalhando nas lutas (não dá pra entender nada que se passa) e, principalmente, o fato do espectador não estar nem aí pras personagens. Parece tudo encheção de linguiça, do tipo "temos 75 milhões pra gastar, vamos jogar alguns efeitos aqui e ali" - até porque a luta entre os dois jumpers se limita a mostrar os caras se agarrando no chão enquanto pulam entre diversos países. Coreografia que é bom nada.
Vocês se lembram daquela cena em X-Men 2 onde o Noturno ataca a Casa Branca? Pois ela é muito mais interessante, criativa, divertida, impressionante e legal do que o filme Jumper inteiro. Até acredito que Doug Liman quis fazer um filme de heróis um pouco diferente, mas parece que ele deu um salto maior do que as pernas.Marcadores: Peliculosidade |