Há alguns dias, a FIFA (Federação Internacional do Fair Play e Afins) decidiu proibir que partidas oficiais de futebol sejam realizadas em lugares com mais de 2500 metros de altitude.
Essa decisão foi tomada pensando nos riscos de se praticar atividades atléticas em regiões com ar rarefeito. Só que em mais de cem anos de FIFA, o único óbito registrado nessas condições foi o da seleção brasileira, nas eliminatórias de 93, e mesmo assim um para-médico, que jogava com a 11 e recentemente fez seu milésimo gol, conseguiu ressuscitar a vítima.
Na minha opinião, cada um deve lutar com as armas que tem. Se a altitude é um fator que desequilibra em favor de bolivianos ou mexicanos, que eles façam o melhor proveito possivel disso! Tenho certeza de que se a Europa estivesse a 2 km do nível do mar esse decreto jamais teria sido expedido.
Porque, se for pra buscar equilíbrio se baseando em números, temos que rever não só os metros de altitude de um terreno. Teriam que proibir estádios com capacidade para mais de 2500 lugares, para não dar vantagens aos times da casa, ou proibir contratações com valores acima de 2500 dólares, enfim. Se é para equilibrar, então que sejam medidas equilibradas! Tirem as armas de todos!
Agora, se a preocupação é com a saúde dos atletas, o que dizer das partidas da Copa do Mundo de 94 realizadas ao meio dia, num sol de rachar e sem almoço, em nome dos horários de televisão? Vou mais longe, se saúde é tudo, então alem de não jogarem no alto, eles também não poderiam jogar na chuva, ou no frio... Tudo em nome da integridade física dos jogadores e do bom jogo.
Com vocês, futebol:
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