"Um passo à frente, e você não está mais no mesmo lugar". Ouvi isso numa música. E periodicamente, essa frase surge na minha cabeça. Pra me lembrar que distâncias são relativas.
Esse final de semana, queria pensar. E só quem já precisou realmente pensar, sabe a diferença que existe entre pensar entre as 4 paredes do seu próprio quarto ou pensar ao ar livre. Ou em outra cidade, enfim. Tenho acreditado, nos últimos tempos, que a difícil tarefa de pensar exige, antes de mais nada, um distanciamento da vida cotidiana. Foi por isso (e SÓ por isso) que eu decidi ir pra praia esse findi. Sábado. Às 8h30 da manhã. Abaixo de uma chuva torrencial.
Na verdade, minha estada na praia não me permitiu pensar muito, ate porque o outro pré-requisito para pensar é o estar sozinho (física e mentalmente). Mas já aprendi também que mais importante que o destino é o próprio caminho. Balanço do ônibus, mp3player, chuva fina lá fora. O caminho até a praia foi providencial para que eu pudesse colocar um monte de idéias em ordem.
Foi a Carla Rodrigues que me inspirou a escrever esse texto. E quando ela diz que é impossível viajar sem levar trabalho à tiracolo, eu complemento: é impossível viajar e deixar a vida em casa, pra retomá-la na volta.