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Aquém da Imaginação
André - 12 agosto 2011 - 00:26

Ouvi por esses dias, não lembro onde, não lembro quando e não lembro como, que algumas pessoas bem importantes estavam preocupadas com essa questão do anonimato na internet. Que gostariam que as coisas fossem mais abertas, que as pessoas fossem sempre identificadas no mundo virtual, tipo acontece no Facebook.  E bem, com toda essa algazarra em Londres e a polícia papagaiando que ela só aconteceu por causa das redes sociais (seriam as redes sociais os novos jogos de videogame violentos, que por sua vez eram as novas músicas de rock? Fica a reflexão), pode ser que esse sentimento se propague feito spam por todas aquelas pessoas que realmente possuem alguma influência nessa sociedade.

Daí eu paro e penso: qual é o problema dessa gente? Eles recebem pra aplicar convenções em tudo? Têm obsessão por colonizar qualquer coisa? Quer dizer, estamos diante de um ambiente que, embora virtual, oferece às pessoas um escape da pressão mundana. Percebam que, na internet, a pessoa consegue realmente ser quem ela é. Ela pode navegar pelo que realmente a interessa sem se preocupar com o que os outros vão pensar a respeito. Pode abrir sites que tratem dos seus fetiches mais secretos, pode entrar em discussões idiotas sobre coisas idiotas, pode dar patada nos desafetos via instant messengers/redes sociais, enfim, pode fazer o que quiser na hora que quiser e sem ninguém do lado pra olhar feio e dizer "como assim?". Basicamente, a rede mundial de computadores é uma creche pro id de todo mundo. Talvez a primeira na história. E quando finalmente existe um lugar que oferece espaço pra galera fazer o que realmente curte, e só existe por causa do anonimato na rede, o que eles querem fazer? Ir lá e acabar com tudo.

Bem que essa neurose por tornar tudo realista ia ter suas desvantagens. O pessoal quer fazer jogo de videogame realista, simular online a experiência offline, e acaba dando nisso. Tipo de gente que não consegue pensar em termos abstratos, só em etapas de processos. Sem a imaginação necessária para conferir a algo o valor que esse algo realmente tem. Vai acabar que a internet será tão controlada e vigiada quanto um empréstimo de banco, e daí as pessoas imaginativas terão que criar uma nova forma de se relacionar sem ter o controle social por perto cuidando pra ver se ninguém faz nada errado.

Então, claro, vai ser só questão de tempo até esse novo sistema começar a ser chafurdado pela turma que vende segurança em troca de vigilância.
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