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De volta para o futuro
André - 18 janeiro 2009 - 23:08
O Curioso Caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button)
5/5

Direção: David Fincher
Roteiro: Erick Roth e Robin Swicord, levemente baseado em obra de F. Scott Fitzgerald

Elenco:
Brad Pitt (Benjamin Button)
Cate Blanchett (Daisy)

Benjamin Button é um cara que nasceu velho, e não falo de espírito. Ao longo da película, acompanhamos a vida do sujeito, sua trajetória de rejuvenescimento e as relações dele com as pessoas à sua volta.

Claro, a sinopse é fascinante, mas muitos filmes já acabaram beijando o chão apesar de seu argumento (ou por causa dele, não sei) - O Pagamento é um bom exemplo. No entanto, o diretor David Fincher matou a bola no peito com categoria e mostrou o que sabe: fez uma história cativante e contada de forma espetacular. Ao invés de apostar no lado bizarro da situação (o mais evidente, convenhamos), apostou em um conto sobre mortalidade e a duração das coisas.

A primeira metade do filme é mais calma, pacata, acompanhando o "desenvolvimento" de Benjamim. É quando nos acostumamos à situação estranha, aceitando aquela personagem e nos identificando com ela. Vivendo em uma espécie de asilo, o protagonista logo começa a perder pessoas com quem se importa. E descobre que as coisas na vida são passageiras.

Conforme Benjamim "cresce" e viaja pelo mundo, vamos percebendo que o fato de ser jovem no final da vida não faz diferença: ele ainda enfrenta medos, perdas, decepções, tristezas. Mesmo encarando a vida ao contrário, o sujeito tem que lidar com sua própria mortalidade e como isso afeta as outras pessoas. Em certo momento, ele mesmo diz para Daisy "estava pensando em como as coisas nunca duram... e como isso é uma pena".

O diretor narra a história de forma elegante, com enquadramentos e movimentos de câmera que criam uma atmosfera quase poética. O ritmo mais lento é contemplativo, analisando a situação e preparando o espectador para o resto do filme, onde precisamos aceitar os acontecimentos com Benjamim como algo natural. Além de grande diretor de atores (embora Cate Blanchett fique aquém de seu colega), Fincher mostra a que veio em duas sequências espetaculares: a do ataque ao barco e a da rota de colisão. É inevitável citar também o trabalho de maquiagem, digno não apenas de um Oscar, mas também de um prêmio NOBEL, e a a fotografia, que realça levemente a atmosfera surreal através de belas paisagens e uma iluminação por vezes levemente estourada, por vezes fazendo bom uso das sombras.

Se há algo que incomoda na película, é a constante alternância entre a história (contada em flashback) e o momento presente, que quebra um pouco o ritmo. Nada que atrapalhe muito, entretanto. O Curioso Caso de Benjamin Button mantém, em sua essência, uma reflexão sobre a nossa tendência a não nos desapegar das pessoas. Todos vamos nos separar um dia, e é a partir dessa inevitável situação que o filme é conduzido. Um tanto melancólico, um tanto surreal, um tanto fantasioso. Mas indiscutivelmente bonito.

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