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Máicoun
André - 27 julho 2007 - 00:16
Quando fui no cinema esses tempos, vi o cartaz de um filme chamado O Ex-Namorado da Minha Mulher - se vocês acham que é nome de comédia romântica, acertaram (e até estréia hoje por aqui, se não me engano). Mas enfim, logo abaixo tinha o título original, em inglês obviamente: um simples e contundente The Ex.

Agora vamos imaginar que a tradução fosse boa, e o título em português fosse apenas O Ex. Para um filme cuja proposta é colocar um antigo amor no caminho de um relacionamento, seria bem melhor. Quer dizer, se alguém falar "Lá vem o ex" parece muito mais assustador do que "lá vem o ex-namorado da minha mulher". Tem muito mais presença, muito mais impacto (O Ex até poderia ser um filme de terror, sobre um cara obcecado pela mulher... na verdade, deve ter algum assim por aí).

Isso nos faz pensar nos títulos que as películas recebem aqui no Brasil, e como nomes tipo Lost In Translation viram absurdos tipo Encontros e Desencontros. Então resolvi investigar para descobrir exatamente quem traduz, quem escolhe qual é o melhor, bla bla bla. Mas não foi preciso, já que após algumas horas de raciocínio lógico cheguei à inevitável e brilhante conclusão: tudo é feito por um software.

Explico: um estagiário qualquer pega o título original e joga no programa (enquanto conversa no msn e acessa o orkut). Aí ele seleciona uma das opções (Comédia; Drama; Ação; Suspense), clica em "traduzir" e pronto, ali está mais um nome facilmente vendável.

Vamos pegar Sin City, por exemplo. O cara põe o título ali no espaço apropriado e, clicando em "Comédia", me sai com algo como Uma Cidade do Barulho; se for "Drama", Os Pecados dentro de Nós; "Ação", Matar ou Morrer em Sin City; e "Suspense", Pecados do Mal. Mas como Sin City já era uma obra reconhecida antes de ser adaptada, ou seja, tem fãs chatos, o estagiário pode apelar para o botão "E agora?", que basicamente mantém o original e traduz ao mesmo tempo. Ficamos, então, com Sin City - Cidade do Pecado (o mesmo processo foi usado em Match Point - Ponto Final, do Woody Allen). O título em inglês está lá, então os fãs não podem reclamar, e o título em português está lá, então os produtores também não podem reclamar. Todo mundo sai feliz.

Claro que, no final das contas, o que interessa mesmo é a comercialidade da coisa, o que pode ser também um tiro no pé (eu nunca imaginaria que um filme chamado Um Cara Quase Perfeito - em bom inglês, Man About Town - seria inteligente e engraçado). Até entendo que o título é importante para atrair gente e tal, mas por favor, como se vai de Annie Hall para Noivo Neurótico, Noiva Nervosa? Bem que podia dar a louca no pessoal da tradução, vai que as coisas melhoram...

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