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2006 sob as lentes
André - 04 janeiro 2007 - 22:05
Se a Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood pode escolher os melhores do ano, eu também posso - afinal, a única
diferença entre eles e o blog é que nós não temos CNPJ, certo?

Pois bem. Coloco abaixo a lista dos filmes mais afu que assisti no ano, seja no cinema ou em dvd (os títulos originais e o
nome dos diretores estão do lado, entre parênteses). Abaixo dos filmes abaixo, selecionei os três melhores, que ganhariam os
trófeus caso realmente houvesse um troféu e eles realmente se importassem com o que pensamos.

A propósito: não existe uma ordem cronológica ou de preferência, to com preguiça de fazer mais do que o suficiente.

V de Vingança (V for Vendetta, James McTeigue)
Piratas do Caribe 2 - O Baú da Morte (Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest, Gore Verbinski)
X-Men: O Confronto Final (X-Men: The Last Stand, Brett Ratner)
Os Infiltrados (The Departed, Martin Scorcese)
Carros (Cars, John Lasseter)
A Marcha dos Pingüins (La Marche de L'Empereur, Luc Jacquet)
Miami Vice (idem, Michael Mann)
007 – Cassino Royale (idem, Martin Campbell)
Dália Negra (The Black Dahlia, Brian De Palma)
A Dama na Água (Lady in the Water, M.Night Shyamalan)
Paradise Now (idem, Hany Abu-Assad)
O Plano Perfeito (Inside Man, Spike Lee)
Deu a Louca na Chapeuzinho (Hoodwinked, Cory Edwards)
Vôo United 93 (United 93, Paul Greengrass)
O Novo Mundo (The New World, Terrence Mallick)
Três Enterros (The Three Burials of Melquiades Estrada, Tommy Lee Jones)
A Vida e Morte de Peter Sellers (The Life and Death of Peter Sellers, Stephen Hopkins)
O Assassinato do Presidente (The Assassination of Richard Nixon, Niels Mueller)
Beijos e Tiros (Kiss kiss, Bang bang, Shane Black)
Syriana (idem, Stephen Gaghan)
Wallace & Gromit: A Batalha dos Vegetais (Wallace & Gromit: The Curse of the Were-Rabbit, Steve Box e Nick Park)
Toy Story 2 (idem, John Lasseter) - eu sei que já foi lançado faz tempo, mas só vi esse ano, achei ducaralho e tive que botar
na lista.

Se o filme favorito de vocês não está aqui, não se preocupem: certamente esqueci de vários, e se faltou algum façam o
favor de colocar nos comentários.

Finalmente chegamos aos 3 melhores do ano. Rufem os tambores e tal...

3º Lugar: Boa Noite, e Boa Sorte (Good Night, and Good Luck, George Clooney) / Filhos da Esperança (Children of Men, Alfonso Cuaron)

São raros os filmes que te fazem pensar. São raríssimos os filmes que te deixam pensando depois da sessão. São muito raros os filmes que, uma semana depois, ainda ficam na cabeça das pessoas - e, melhor ainda, existe uma conexão entre eles e as
notícias mais recentes.

Pois é assim que são os dois terceiros colocados: pertinentes. Ambos tratam de uma temática social, embora de formas diferentes - "Boa Noite, e Boa Sorte" é minimalista, e os cenários fechados (não lembro de ter uma externa no filme) retratam o sufoco que a imprensa sofria na época do macarthismo. Já "Filhos da Esperança" nos leva a um futuro apocalíptico, não tendo vergonha de mostrar a desolação através de planos-sequência memoráveis.

Um no passado, um no futuro e os dois não poderiam ser mais atuais.

2º Lugar: O Grande Truque (The Prestige, Christopher Nolan)

É normal falarmos "Eu odeio isso", "Eu odeio aquilo". Mas o ódio verdadeiro é muito mais profundo, tornando-se a base de uma obsessão poderosa e que pode levar às últimas consequências.

Pois o ódio guia os dois protagonistas de "O Grande Truque": dois mágicos com uma rixa que cresce a cada sucesso e fracasso de ambos. E quanto mais isso aumenta, mais cai a ilusão de que tudo pode acabar bem.

Com um roteiro impecável, que muitas vezes vai soltar um "Putaquepariu" da boca do espectador, o filme é uma história de obsessão que vai crescendo cuidadosamente e enganando o público, cada pequeno detalhe sendo planejado para que tudo seja amarrado de vez no final, e com um último plano que dá um frio na espinha. Are you watching closely?

Primeiraço: Munique (idem, Steven Spielberg)

O título é "Munique" por mero acaso do destino. O que Spielberg faz nessa obra-prima é mostrar a cruel verdade: uma vez iniciado o ciclo da violência, ele não tem fim, seja na Alemanha, Brasil, Estados Unidos, Costa do Marfim ou qualquer lugar do mundo.

Os ataques do Mossad, os contra-ataques terroristas (e não seriam os ataques do Mossad terrorismo também?), a incerteza dos personagens antes de matar alguém... é nesse mundo que a história se desenvolve. Mas talvez a melhor decisão tenha sido humanizar as pessoas, não importando de que lado estejam. Como tomar a decisão de matar um ser humano logo depois de trocar algumas simpáticas palavras com ele? E a família? Como tomar a decisão de acabar com não uma vida, mas várias, pode ser considerada correta?

E, talvez o mais importante e que abrange todos nós, como não se tornar indiferente à violência?

As palavras de uma amiga minha após ver o filme definem tudo: "Minha nossa, que tijolaço!!"

E começa a contagem para 2007...
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