No primeiro semestre a gente teve aula de lingüística. Houve um debate sobre os estrangeirismos, diziam que a gente não pode permitir ser dominado por outro país através da língua, devemos criar nossos próprios termos para assegurar a soberania.
Alguns povos acharam uma solução. Um exemplo clássico: nos países hispânicos chamam o mouse de ratón. Isso é fugir da dominação? É renegar o estrangeirismo? Ou é pura birra? Porque é que ao invés de simplesmente traduzir o termo, não se cria uma palavra original? De um jeito ou de outro se cai na armadilha. Da mesma forma a influência é exercida. Essa pseudo-rebeldia não surte o menor efeito. Esse tipo de resistência não serve pra mim.
Quando digo influência, tenho claro que é um conceito diferente de dominação. Necessitamos de termos novos para novos entes. A absorção de termos estrangeiros nada mais é do que a adaptação a novos universos, é assim que a língua evolui. E eu prefiro o termo usado no país de origem do que uma tentativa desengonçada de nacionalismo.